Relatório divulgado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sugere um desvio de prescrição em relação às drogas anorexígenas : "medicamentos usados para emagrecer, como a sibutramina, que teve a venda controlada ontem". O documento mostra que, entre os dez maiores prescritores de sibutramina no país, está um especialista em medicina do tráfego : médico que realiza ações e estudos relacionados à promoção da saúde e à prevenção de acidentes no trânsito. É esse profissional, por exemplo, que faz os exames para obtenção da carteira de habilitação. ( Um absurdo!)
Entre os dez que mais receitam anfepramona (outro tipo de anorexígeno) estão um ginecologista e um gastroenterologista. O maior prescritor do femproporex (outra droga do tipo) é um dermatologista. No caso do mazindol, outro da categoria, há um pediatra entre os que mais receitam. As informações integram o primeiro relatório do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). O sistema, implantado em 2007 e 2008, monitora eletronicamente as vendas de medicamentos controlados. Antes, o controle era manual.
Os dados também revelam que, em 2009, foram vendidas quase seis toneladas de anorexígenos no país. A sibutramina responde por quase duas toneladas e a anfepramona, por três. No caso da sibutramina, considerando que a dose diária definida é de 10 mg, isso significa que, no ano passado, foram consumidas aproximadamente 186 milhões de doses --é como se todo brasileiro tivesse ingerido um comprimido do remédio em um dia no ano. "Embora não seja proibido, não é coerente que um médico prescreva tanto um medicamento que não está diretamente relacionado ao seu campo de atuação", diz a farmacêutica Márcia Gonçalves, coordenadora do SNGPC.
A Anvisa pretende encaminhar os dados ao Conselho Federal de Medicina. "O dado pode ser um indício de exagero. Vamos encaminhar as informações aos conselhos regionais e, com isso, será possível abrir sindicâncias para apurar possíveis irregularidades", diz Desiré Carlos Callegari, primeiro-secretário do Conselho Federal de Medicina. A Anvisa também identificou os estabelecimentos que mais comercializam tais substâncias e deve tomar medidas de averiguação contra eles.
Entre os anos de 2004 e 2006, o Brasil foi campeão mundial no consumo de psicotrópicos anorexígenos como anfepramona, femproporex e mazindol, segundo um relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entopecentes. Em 2010, o país caiu para a quarta posição. "Isso se deve, em parte, ao maior controle desses remédios", diz Gonçalves. "Mas precisávamos fazer o monitoramento dessas substâncias."
"São medicamentos muito baratos e acessíveis e também são encontrados facilmente no mercado negro", diz a endocrinologista Claudia Cozer, diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). "Orientamos as pessoas a procurar um endocrinologista para o tratamento da perda de peso", afirma.
Obs do blogueiro: A lei e a fiscalização são mesmo muito lentas nesse país !! A coisa é muito mais séria do que é retratado nessa reportagem da Folha de São Paulo ! Tenho conhecidos e várias informações de conhecidos que entraram na onda desses medicamentos e acabaram com depressão, perderam o corpo lindo que tinham, além de vários outros problemas que essas drogas podem causar, dentre eles o vício e a paranóia de estar sempre gordo !! Já é passado da hora de se fazer alguma coisa, não só com relação a essas drogas como também aos anabólicos !
Cuidado galera ! Muito cuidado ! Beleza é bacana, mas saúde é mais !Os dados também revelam que, em 2009, foram vendidas quase seis toneladas de anorexígenos no país. A sibutramina responde por quase duas toneladas e a anfepramona, por três. No caso da sibutramina, considerando que a dose diária definida é de 10 mg, isso significa que, no ano passado, foram consumidas aproximadamente 186 milhões de doses --é como se todo brasileiro tivesse ingerido um comprimido do remédio em um dia no ano. "Embora não seja proibido, não é coerente que um médico prescreva tanto um medicamento que não está diretamente relacionado ao seu campo de atuação", diz a farmacêutica Márcia Gonçalves, coordenadora do SNGPC.
A Anvisa pretende encaminhar os dados ao Conselho Federal de Medicina. "O dado pode ser um indício de exagero. Vamos encaminhar as informações aos conselhos regionais e, com isso, será possível abrir sindicâncias para apurar possíveis irregularidades", diz Desiré Carlos Callegari, primeiro-secretário do Conselho Federal de Medicina. A Anvisa também identificou os estabelecimentos que mais comercializam tais substâncias e deve tomar medidas de averiguação contra eles.
Entre os anos de 2004 e 2006, o Brasil foi campeão mundial no consumo de psicotrópicos anorexígenos como anfepramona, femproporex e mazindol, segundo um relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entopecentes. Em 2010, o país caiu para a quarta posição. "Isso se deve, em parte, ao maior controle desses remédios", diz Gonçalves. "Mas precisávamos fazer o monitoramento dessas substâncias."
"São medicamentos muito baratos e acessíveis e também são encontrados facilmente no mercado negro", diz a endocrinologista Claudia Cozer, diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). "Orientamos as pessoas a procurar um endocrinologista para o tratamento da perda de peso", afirma.
Obs do blogueiro: A lei e a fiscalização são mesmo muito lentas nesse país !! A coisa é muito mais séria do que é retratado nessa reportagem da Folha de São Paulo ! Tenho conhecidos e várias informações de conhecidos que entraram na onda desses medicamentos e acabaram com depressão, perderam o corpo lindo que tinham, além de vários outros problemas que essas drogas podem causar, dentre eles o vício e a paranóia de estar sempre gordo !! Já é passado da hora de se fazer alguma coisa, não só com relação a essas drogas como também aos anabólicos !
3 comentários:
Esses médicos podem de safarem de qualquer responsabilidade alegando que antes de tais especialidades, eles também exercem a posição de clinico geral, ou seja, podem prescrever remédios se detectarem que seus pacientes sofrem de disturbios alimentares. Há um exagero no Brasil e isso tem q ser melhor controlado, sim.
"Esses médicos" generaliza. Cabe ao governo liberar ou não e fiscalizar o uso. Mas governo está em falta.
esses médicos falam muito
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