segunda-feira, 19 de outubro de 2009

10 razões para você dormir bem !!

Vá para a cama e se entregue aos sonhos. Isso é tão importante quanto se alimentar direito e praticar atividade física para prevenir doenças, manter a cabeça a toda e até preservar o casamento !!


Há quem não pestaneje em dizer que dormir é sinônimo de perda de tempo. Trabalho, provas, festas, viagens — motivos (ou desculpas) não faltam para deixar a cama de lado. Mas o corre-corre, culpado pela rejeição ao travesseiro, cobra seu preço. Mais do que uma ilusão, fugir do sono é desferir um golpe no próprio corpo. No último congresso mundial de estudiosos desse assunto, o Sleep, realizado recentemente nos Estados Unidos, não restaram dúvidas: além de repor a energia, trata-se de um antídoto contra problemas bem mais graves que as visíveis olheiras.

Mas saiba que o descanso não exige apenas oito horas sob os lençóis. Ele requer regularidade — sim, o ideal é adotar um horário para despertar e outro para se deitar. “O sono também não deve ser fragmentado, ou seja, interrompido muitas vezes ao longo da noite”, avisa o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Esses cuidados são cruciais para que o organismo relaxe e cumpra tarefas exclusivas da madrugada. “É nesse período que produzimos o hormônio do crescimento, caro à recuperação dos músculos e dos ossos”, diz Reimão. E ainda fabricamos a melatonina, que zela pelas células e dá corda no relógio biológico. Bem, não vá bocejar justo agora. Trate de espantar por alguns minutos a vontade de contar carneirinhos e confira o que a ciência tem comprovado sobre os benefícios de pregar os olhos.

1. O elixir da longa vida

Assim poderia ser definido o sono — e não há exagero nessa afirmação. Um de seus efeitos protetores foi revelado por um estudo apresentado no Sleep. O trabalho acompanhou 5 mil americanos durante oito anos. Os indivíduos que prezaram um bom descanso noturno tornaram- se menos vulneráveis a todo tipo de doença. “As pessoas que dormem menos de seis ou mais de nove horas correm mais risco”, conta a líder da pesquisa, Alison Laffan, da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins. Quando falamos em sono, nem sempre quantidade espelha qualidade. Ficar tempo demais debaixo das cobertas pode ser o resultado de uma noite conturbada e não reparadora. “E essa condição aumenta a pressão arterial, favorecendo males cardiovasculares”, diz a cientista.

2. Em paz com a balança

A batalha para emagrecer parece invencível? Então avalie como andam suas noites. Existem fortes indícios de que ficar em claro financie essa derrota. “A privação de sono faz cair a produção de leptina, o hormônio da saciedade”, afirma o neurologista Luciano Pinto Júnior, presidente da Associação Brasileira do Sono. Quem não apaga como deveria tende a exagerar nas refeições e ainda tem pouca disposição para se exercitar. O excesso de peso, aliás, costuma ser acompanhado pela apneia, distúrbio marcado por roncos e interrupções na respiração durante a noite. “Cerca de 50% dos obesos sofrem dessa doença, que contribui para perpetuar os quilos a mais”, diz a cardiologista Germana Linhares, da Universidade Federal do Ceará.

3. Xô, diabete!

Há alguns anos a insônia é acusada de incentivar esse mal. Um estudo da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, encontrou uma nova prova dessa perigosa ligação: pacientes insones — que têm dificuldades para adormecer ou manter o sono — estão mais sujeitos ao diabete tipo 2. Outro trabalho realizado em solo ianque, também discutido no Sleep, concluiu que tanto dormir de mais como de menos prepara o terreno para o transtorno. Embora nem todos os mecanismos para justificar esse elo tenham sido decifrados, os especialistas creem que a privação de sono — intencional ou patológica — atrapalhe a ação da insulina, o hormônio que leva o açúcar para dentro das células. Esse seria o primeiro passo para o desenvolvimento do mal do sangue doce.

4. DNA resguardado

O código genético é o primeiro da fila a sofrer retaliações pelas noites maldormidas. Para calcular até que ponto as unidades do genoma se alteram devido a esse serão às avessas, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) submeteram um grupo de ratos a uma experiência. Eles impediram que os bichinhos chegassem ao estágio mais profundo do sono, a fase REM, durante quatro dias. “Ao analisar mais tarde o cérebro dos animais, notamos mudanças nas expressões de genes ligados à manutenção da atividade celular e à proteção contra radicais livres”, conta Camila Guindalini, uma das autoras. É provável ainda que tais modificações tenham ocorrido em outros cantos do corpo. Mas o que aconteceria se, depois desse suplício, os ratos pudessem repousar por 24 horas? Camila e os colegas fizeram o teste. “Apenas 62% dos genes alterados voltaram ao normal”, diz. Agora, a equipe já analisa o impacto da carência do sono REM em seres humanos. Apesar de ser possível restabelecer o DNA após um final de semana em claro, esse caminho se torna sem volta quando a privação de sono é contínua. Afinal, isso pode corroborar mutações, transformações irreversíveis nos genes que estão por trás de males degenerativos.

5. Cabeça nota 10

Esta é para você convencer seu filho a largar o computador e ir para a cama antes da meia-noite. Segundo um trabalho da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, um sono de qualidade aprimora o desempenho acadêmico. Após avaliar 56 adolescentes, os pesquisadores observaram que quem dormia pouco ou acordava muito ao longo da noite teve as notas mais baixas em disciplinas como matemática e línguas. “O repouso fragmentado é prejudicial porque impede de chegar aos estágios mais profundos do sono”, diz a biomédica Deborah Suchecki, da Unifesp. A especialista está finalizando um estudo com achados semelhantes. “Animais que aprendem uma tarefa e são privados de sono têm uma pior performance quando vão realizá-la”, conta. “Mas, se os deixamos dormir, sua atuação é tão boa quanto a dos animais que não são desprovidos de descanso.”


6. Ideias a mil

Há dias em que quebramos a cabeça para resolver um problema e, após horas extenuantes, não conseguimos dar cabo dele. Daí, basta uma bela adormecida para na manhã seguinte cumprir a tarefa em minutos. Ora, dormir é um remédio para a criatividade. Quem assina embaixo é a expert em sono Sara Mednick, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, que acaba de mensurar esse potencial. “Descobrimos que a fase REM, aquela em que sonhamos, melhora em até 40% a habilidade de solucionar questões que exigem nosso lado criativo”, conta. “Isso porque nesse estágio ocorrem associações entre ideias que antes estavam desconexas”, explica Mednick. “Durante os sonhos, o cérebro processa os eventos do dia e se prepara para resolvê-los”, comenta Deborah Suchecki.

7. Em prol da memória

Todos já devem ter ouvido falar que dormir bem é fundamental para a consolidação das lembranças. Isso é fato. Mas uma pesquisa apresentada no Sleep pela Universidade Harvard, também em terra americana, atesta que ela faz toda a diferença na hora de selecionar o que é mais relevante guardar para o futuro. “À noite o cérebro reprocessa as informações e passa a armazenar a memória”, afirma a neurologista Suzana Schonwald, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. “Ele realiza uma espécie de transferência de arquivos”, compara. Esse serviço permite escolher e fixar as recordações que conservaremos para o resto da vida

8. Poder anticâncer

A calada da noite é um momento ímpar para que as forças de defesa se organizem e estejam aptas a desarticular tumores o mais cedo possível. Quando estamos aconchegados no travesseiro, nosso corpo libera substâncias que participam direta ou indiretamente dessa missão. A melatonina, por exemplo, ativa linhas de combate contra os radicais livres que lesam o DNA. Como ela é fabricada depois que o sol se põe, é vital que não troquemos a noite pelo dia. “Estudos apontam que trabalhadoras noturnas correm mais risco de desenvolver câncer de mama”, exemplifica Rubens Reimão. Não bastasse corrigir falhas genéticas que culminam na doença, esse apagão temporário (e benéfico) do organismo retardaria sua evolução.

9. Felizes para sempre

O casal que se ama deve cuidar da qualidade das suas noites — e não estamos falando da agitação entre os lençóis. O psicólogo Brant Hasler, da Universidade de Pittsburgh, constatou, depois de analisar 29 pares, que um sono irregular patrocina crises conjugais. “Existe um ciclo vicioso: os parceiros que vivem discutindo dormem mal, e isso, por sua vez, piora a relação no dia seguinte”, explica. “Consideramos um sono problemático quando os participantes demoravam muito para adormecer e acordavam várias vezes na madrugada”, esclarece Hasler. Para os casais que estão em pé de guerra, o especialista deixa um conselho: “Tente resolver os conflitos antes de se deitar, porque eles podem perturbar o sono, dando continuidade às brigas”.

10. Coração forte

Na verdade, todos os vasos são gratos quando a gente se desliga do plugue à noite. A retribuição a esse investimento é uma probabilidade bem menor de ser vitimado por infartos e derrames. “O déficit de sono coloca o corpo em estado de alerta, o que dispara a produção de hormônios ligados ao estresse e eleva a pressão arterial, condições favoráveis à doença cardiovascular”, explica a bioquímica Michelle Miller, da Universidade Warwick, na Inglaterra. Madrugadas turbulentas resultam numa indesejada descarga de adrenalina na circulação, algo que corrompe a elasticidade das artérias. Perigo dobrado correm os portadores de apneia do sono. “Ela já é considerada um fator de risco independente para a hipertensão”, afirma Germana Linhares. E a pressão nas alturas, como você sabe, é o estopim para ataques cardíacos e cerebrais.

Por falar nisso, a privação de sono é ainda mais devastadora ao coração feminino. Foi o que comprovou a pesquisadora Michelle Miller ao analisar mais de 4 600 ingleses. “Diferentemente dos homens, as mulheres que dormiam menos de cinco horas por dia apresentavam níveis elevados da proteína C-reativa no sangue”, revela Michelle. Essa molécula é usada pelos médicos como um marcador do risco cardiovascular porque indica o grau de inflamação no organismo. “Os processos inflamatórios, estimulados pelo pouco sono, favorecem a formação de placas nas artérias”, justifica Michelle. Ainda não se sabe por que elas estão mais suscetíveis à ameaça, mas os marmanjos não devem sair por aí contando vantagem. Boas noites de sono são imprescindíveis a qualquer um que pretenda manter a saúde em forma.

Bom depois desse texto, vou pensar umas 10 vezes antes de perder meu sono por causa de balada ou internet galera.....
Um grande abraço e ótima semana a todos !!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Produto 100% goiano !!!

Bom galera, hoje terça-feira bruta e eu trago 3 sets 100% goianos dos 3 melhores Djs da cidade, e não me preocupo em dizer....do CENTRO-OESTE !! Acompanho o trabalho dos 3 há muito tempo, e nunca me decepcionaram na qualidade de seus sets ! Acho que sua principal característica é que produzem sets agradáveis de ouvir, apreciar mesmo...a harmonia é sempre muito bacana, e foge um pouco dessa batedeira do puro tribal.....não aguento mais TUN TI TUN , TUN TI TUN no meu ouvido !!!!!
Enfim, esses Djs são muito profissionais, e super independentes, nunca precisaram de apadrinhamento de ninguém !!!

Espero que curtam o som, e comentem depois, quero saber suas opiniões !!! É só clicar no nome e se jogar com força !!

Forte abraço a todos !!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Qual a proteína certa???

Não dá para ficar sem proteína, escolha a sua!!
Compare os benefícios de leguminosas, carnes brancas e vermelhas!
Na dúvida entre a picanha ou o lombo suíno? Não sabe se troca o frango pelo prato que leva soja?

Fontes de proteínas, as carnes e as leguminosas são personagens indispensáveis num cardápio bem-montado. Isso porque elas não têm associação direta com o fornecimento de energia ao corpo, como carboidratos e gorduras. Diferente desses nutrientes, estocados no tecido adiposo sob a forma de massa gorda, as proteínas são quebradas em aminoácidos e, depois, trabalham na produção de anticorpos e na formação dos músculos. Portanto, eliminá-las do cardápio significa abrir a porta para agentes infecciosos e, em letras claras, enfraquecer. "Quando há importante redução energética na dieta diária, como os propostos por algumas dietas da moda , as reservas protéicas do organismo acabam sendo desviadas de suas funções primordiais para o fornecimento de energia, como uma segunda escolha do organismo no lugar dos carboidratos , antes mesmo da gordura armazenada ser queimada para fornecer energia" , explica a nutricionista Patrícia Soares, da Vital Nutri, Assessoria e Consultoria em Nutrição e Qualidade de Vida, de São Paulo.

Ricas em proteínas, carnes e leguminosas, apresentam diferenças em sua composição nutricional. Quando comparamos 100 gramas de filé mignon grelhado com a mesma quantidade de soja cozida, por exemplo, verificamos que a carne apresenta 42,6% a mais de proteína e 20% a mais de lipídios em relação à leguminosa. Quanto ao colesterol , o suculento filé bovino representa uma desvantagem: carrega pesadas 103 miligramas, enquanto a soja, por ser um alimento de origem vegetal, é isento do nutriente.

Carnes

O valor nutricional das carnes apresenta algumas semelhanças: são boas fontes de proteínas de alto valor biológico, capazes de fornecer aminoácidos que o organismo não consegue sintetizar, lipídios, ferro e vitaminas do complexo B, essenciais na absorção dos nutrientes e no metabolismo energético.
O ferro é componente da hemoglobina, o veículo que transporta o oxigênio para as células e leva embora o gás carbônico. "Cada tipo de carne apresenta sua peculiaridade, fazendo com que deva ser consumida ou evitada" , recomenda a nutricionista Fernanda Brunacci, da Equilibrium Consultoria em Nutrição, de São Paulo.

Leguminosas

Grãos nascidos em vagens, as leguminosas têm boa quantidade de fibras solúveis, importantes para ajudar na redução dos níveis de colesterol ruim, o LDL, e da glicemia do sangue. Também auxiliam o funcionamento do intestino. As leguminosas carregam pouca gordura e fartas doses de carboidratos complexos (amido), vitaminas do complexo B e minerais.
"Mas falta às proteínas vegetais um aminoácido essencial, a metionina, rica em enxofre, mineral que faz a desintoxicação das células do fígado e rins" , explica Fernanda Brunacci.
Além disso, existem os chamados fatores antinutricionais presentes nas leguminosas que podem afetar a biodisponibilidade dos minerais, ou seja, a quantidade de nutrientes absorvida e verdadeiramente utilizada pelo organismo, principalmente no caso do ferro.
O segredo para driblar este inconveniente está no modo de preparo dos alimentos. No caso do feijão, por exemplo, é preciso que ocorra o processo de molho (o ideal são 12 horas) e que o cozimento (de pelo menos 45 minutos) seja feito corretamente. "Assim, a qualidade do alimento é preservada e a chance de ocorrer interferência na absorção de alguns minerais é menor", diz Brunacci.

Veja abaixo, as principais propriedades de diferentes tipos de carnes e leguminosas.

Bovina: Pode conter de 5 a 25% de gordura, dependendo do corte. O teor de colesterol é alto: 100g de carne cozida fornece de 80 a 90mg. Esse perfil lipídico faz com que esta carne não seja a melhor opção para pessoas com alteração nos níveis de colesterol. Em compensação, a quantidade de vitamina B12, encontrada em 100g de carne bovina, é suficiente para suprir as necessidades diárias de um adulto. Também é a mais rica em ferro, contribuindo com 20% da necessidade do mineral para o organismo e cerca de 30% (para os homens) e 50% (para a mulher) do requerimento de zinco, que possui ação antioxidante e atua na divisão celular e crescimento de tecidos.

Frango: A ave é encontrada com freqüência nos cardápios das dietas, mas é preciso ir com calma. Algumas partes do frango, como a sobrecoxa, funciona como um verdadeiro estoque de gordura do animal. O famoso peito grelhado é o campeão do corte magro.

Suína: Durante muitos anos foi, de fato, rica em gorduras e colesterol. Com a evolução tecnológica dos produtores, hoje trata-se de uma carne com teores de gordura menores em relação há 25 anos. Claro que há cortes, como o toucinho, que é lotado de gordura, quando comparada à carne bovina e, portanto, deve ser evitado.
"Comparando o contra filé bovino com o lombo suíno, percebemos que ele apresenta 55% mais calorias que o lombo, e ainda possui 30% mais lipídios. Mas, na comparação da quantidade de colesterol, a diferença entre as carnes é de apenas 2% nas mesmas 100g de carne crua" , avalia a nutricionista da Vital Nutri
Dentre todas as vitaminas, a tiamina (B1) é aquela em maior quantidade na carne suína. Sua deficiência pode ocasionar problemas vasculares. O selênio apresenta-se em quantidade expressiva na carne suína. O nutriente é um poderoso antioxidante, que promove a renovação celular.

Coelho: Na Europa, o índice de consumo por habitante chega a 7 quilos por ano em países como França, Espanha e Alemanha, enquanto no Brasil, em razão do preço e dos rótulos dos produtos, esse tipo de carne tem um baixo consumo per capita, cerca de 120 gramas/ano. Ela é bastante recomendada para crianças e idosos, já que é digerida facilmente. A quantidade de sódio é baixa, assim como a de colesterol: 50 miligramas em 100 gramas de produto. O que torna essa carne uma boa opção para indivíduos hipertensos.

: É outro tipo de alimento pouco apreciado no país e cujo valor nutricional é riquíssimo. Entre todas as carnes é a que apresenta maior digestibilidade; o teor de ferro é similar ao da carne de frango, mas não apresenta valores tão generosos como a carne bovina. "Também possui boa quantidade de potássio, mineral importante para a contração muscular e para o equilíbrio hídrico do organismo, associado a retenção de líquido" , diz Fernanda Brunacci. Seu valor calórico é bem inferior à carne de boi, além de conter pouca quantidade de gordura. São 0,5 g para cada 100 g da carne.

Soja: A oleoginosa é considerada o grande antídoto das mulheres para aplacar os malefícios causados pelo início da menopausa. Pesquisas demonstram que o consumo regular de proteína isolada de soja reduz o colesterol do sangue. "Seus componentes funcionais, as chamadas isoflavonas, agem na produção, metabolismo e ação dos hormônios sexuais. Isso reduz a concentração de estrógenos livres, conseqüentemente amenizando os efeitos da TPM e menopausa" , explica a nutricionista Elizabete Elvira De Paola, também da Vital Nutri. O consumo de pelo menos 50 mg de isoflavonas (três colheres de sopa de soja cozida ou uma fatia tofu) ajuda na redução das famosas ondas de calor.

Feijão: A qualidade nutricional do feijão depende muito da qualidade do plantio e de fatores culinários como tempo de cozimento. O carboidrato (amido) representa cerca de 60% da composição do grão. O conteúdo protéico varia entre 16 a 33%, porém o valor biológico não é tão alto quanto das proteínas de origem animal. O feijão é um excelente fornecedor de algumas vitaminas do complexo B e ácido fólico. É uma importante fonte de minerais, como ferro, fósforo, magnésio, manganês e, em menor grau, de zinco, cobre e cálcio.

Grão-de-bico: Nesta leguminosa, destacam-se a vitamina B1 e os minerais ferro, fósforo e potássio. O potássio é importante para o controle da pressão arterial, contração muscular e equilíbrio hídrico do corpo. O fósforo, assim como o cálcio, é fundamental para a saúde de ossos e dentes. "O grão-de-bico tem na sua composição uma considerável quantidade de purinas, proteínas que auxiliam a produção de ácido úrico, relacionado a doenças como gota e cálculo renal" , explica Fernanda Brunacci, da Equilibrium. Outro cuidado é evitar o grão em versão enlatada, já que geralmente apresentam grande quantidade de sódio. Em 100g de produto são encontradas: 100 calorias 16,7g de carboidratos; 8,4g de proteínas e 2,1g de lipídios.

Tremoço: O conhecido petisco da mesa dos botecos é rico em fibras. Assim como o grão-de-bico, deve-se ter cuidado para não optar por versões enlatadas, carregadas de sódio. E atenção com a dieta. Por ser consumido como petisco, é fácil caprichar na quantidade. Em 100g de tremoço amarelo cozido existe: 90 calorias; 3,6g de carboidratos; 13,4g de proteínas e 2,4g de gorduras.


Espero que todos tenham uma ótima semana !!!!

domingo, 3 de maio de 2009

Ganhe músculos com a ajuda da dieta !!

Um bom treino só funciona se você também fizer mudanças no cardápio

Galera, encontrei umas dicas de dieta muito bacanas ! Tenho certeza que muitos de vocês já sabem de cor e salteado o que está escrito aqui, mas pra quem não sabe e não entende por que os músculos não emplacam no seu treino, aqui pode estar a solução ! A não ser aquelas pessoas cuja genética não ajuda mesmo o ganho de massa e o modelamento corporal, a junção treino + Dieta, é infalível !!!
Ótimo final de semana a todos !

A conta é simples: menos gordura corporal e mais músculos é igual ao corpo dos seus sonhos! Mas se a operação é das mais fáceis na teoria, a prática deixa muita gente de cabelo em pé. Isso porque, nem sempre, basta um treino de musculação parrudo para conseguir um corpo mais torneado. Um plano alimentar é parte essencial dessa transformação.

As proteínas estão por trás da mudança. Elas são as unidades estruturais dos músculos, por isso devem estar presentes na alimentação, auxiliando na formação da chamada massa magra. "Entretanto, as células musculares são compostas tanto de proteínas como de carboidratos estocados (para fornecer energia durante o treino) e de água, ou seja, é necessário montar uma dieta que inclua os três itens", afirma a nutricionista Gisele Pavin, da Fórmula Academia.

A quantidade de ingestão depende das características individuais de cada um. Sexo, idade, estado de saúde, além da intensidade, duração e freqüência da atividade física praticada interferem na medida. Recomenda-se para indivíduos sedentários a ingestão de 0,8g de proteína por quilo ao dia. Já pessoas ativas podem aumentar a dose: de 1,2 a 1,4g de proteína por quilo estão permitidos diariamente. "Os atletas que visam a hipertrofia podem aumentar essa quantidade para 1,8g ao dia" , diz Gisele.

No dia-a-dia, o ideal para os freqüentadores de academia é ingerir três gramas de carboidrato para um grama de proteína. Confira nossas sugestões de consumo e, claro, não se esqueça de tomar muita água. Abaixo segue para cada alimento um estímulo ok? rs

Carne vermelha é número um em quantidade de creatina, essencial para a construção muscular. Mais: contém ferro, zinco, niacina (vitamina B3) e vitamina B12 - nutrientes cruciais para quem quer resultados.
Quantidade ideal: a carne vermelha deve ser consumida de duas a três vezes por semana. Um bife médio de carne magra tem de 150 a 200 calorias e não compromete a dieta.


Ovo (com gema) é o alimento com o mais alto valor biológico - uma espécie de medida da quantidade de proteína que um alimento é capaz de fornecer ao corpo. É verdade que a proteína da carne é mais eficiente para a construção muscular. Mas a gema, além da proteína, contém a vitamina B12, necessária para diminuir os níveis de gordura e ajudar na contração muscular. Ela também é a melhor fonte de colina, substância que ajuda a dissolver a gordura nas artérias.
Quantidade ideal: um ovo com gema equivale a 120 calorias (mas não consuma fritos).

Iogurte tem aminoácidos essenciais em altas porcentagens e é decisivo no crescimento muscular, porque combina proteína e carboidrato em doses ideais. Um copo fornece 10% da nossa necessidade diária de proteína. A versão com frutas é ainda melhor, porque aumenta os níveis de insulina, uma das chaves para reduzir a perda protéica que costuma acontecer após o exercício.
Quantidade ideal
: um ou dois potes de iogurte diariamente, de preferência sem açúcar e sem adoçante, porque esses ingredientes diminuem a ação dos lactobacilos e também o teor de vitaminas do complexo B.

Salmão é altamente protéico, com grandes quantidades de ômega-3, uma gordura que ajuda na recuperação da massa muscular.
Quantidade ideal: consuma três vezes por semana, mas lembre-se: uma posta ou um filé médio de salmão tem 150 calorias. Para melhor aproveitar os nutrientes, prepare o peixe em baixa temperatura e evite cozinhar demais.

Azeite de oliva a gordura monoinsaturada ômega-9 tem ação anticatabólica, ou seja, age contra inflamações, que provocam o desgaste e a fraqueza muscular.
Quantidade ideal: use de uma a duas colheres de sopa por dia, em saladas e também para cozinhar. Lembre-se, porém, de que cada colher conta 110 calorias.

Amêndoassão uma das maiores fontes da vitamina E alfa-tocoferol, a forma mais bem absorvida pelo corpo e um potente antioxidante, que pode ajudar a prevenir os danos provocados pelos radicais livres após o treino. E, quanto menos agressões praticadas pelos radicais livres, mais rapidamente seus músculos vão se recuperar.
Quantidade ideal: cerca de 15 unidades por dia, no lanche ou na salada. Dica: como dão saciedade, o ideal é comer cinco amêndoas antes do almoço e outras cinco antes do jantar para aplacar a fome.

Espero que estejam BEEEEMMMM estimulados depois da leitura.....

domingo, 26 de abril de 2009

Bronzeamento

10 perguntas sobre bronzeamento

Conquistar um corpo dourado é o desejo de quase todo mundo no auge do verão. Mas expor-se aos raios solares pode custar um preço muito alto, que vai de queimaduras e descamação até o câncer de pele.
1 - Além de satisfazer a vaidade, qual a importância do bronzeamento para o corpo?
O bronzeado intenso só vale para agradar a vaidade, não é sinal de saúde. “Ele indica que a pele foi agredida”, ensina a dermatologista Ediléia Bagatin, da Universidade Federal de São Paulo. Já aquele leve ar corado de quem tomou um pouco de sol é diferente: “Isso, sim, é fundamental”, diz a especialista. O sol leva o organismo a absorver a vitamina D — substância que nos ajuda a aproveitar o cálcio da comida. Esse mineral, sempre é bom lembrar, é indispensável para a formação e a manutenção dos ossos. Em resumo, uma pitada de sol é capaz de prevenir a osteoporose, doença em que o esqueleto fica enfraquecido. No entanto, meia hora de exposição aos raios solares por dia já é o suficiente para você obter os benefícios. “Faça isso sempre antes das 10 e depois das 15 horas”, recomenda Ediléia.

2 - Alguns alimentos podem acelerar o bronzeamento?
Quem se esbalda com cenoura, beterraba, mamão ou caqui dá a impressão de que se bronzeia mais depressa. Essas comidas não estimulam o pigmento da pele, a melanina, como no verdadeiro bronzeado. Na verdade, elas são ricas em outro pigmento, o caroteno, que se deposita na pele. “Essa substância lhe dá um tom amarelado”, conta Ediléia Bagatin.

3 - Os autobronzeadores oferecem algum risco à pele?
Não, a menos que o indivíduo tenha alergia aos seus componentes. “O único problema é que esses cosméticos são à base de corante e eles podem deixar algumas manchas”, alerta a dermatologista Zilda Najjar, da Universidade de São Paulo. “Nesse caso, a pessoa ficaria com faixas de ‘cores’ diferentes.” Os pigmentos presentes na fórmula dos autobronzeadores impregnam a pele e, assim, podem “bronzear” sem sol. Se a sua escolha recair sobre eles, lembre-se de passá-los só uma vez por dia e no corpo inteiro de maneira uniforme, para evitar aquele efeito zebra.

4 - É verdade que existem pessoas alérgicas ao sol?
Sim, é verdade. Para alguns indivíduos um simples banho de sol é capaz de provocar erupções dolorosas na pele. “No entanto, esse problema não é comum”, garante a dermatologista Ediléia Bagatin. No caso, pode-se dizer que existe mesmo uma alergia ao sol. Só que essa reação alérgica nunca aparece do nada. “Ela é mais freqüente quando a pessoa já tem alguma doença de pele ou está tomando algum remédio.” As drogas mais perigosas, nesse aspecto, são os antibióticos e as pílulas anticoncepcionais. “Eles aumentam a sensibilidade aos raios solares”, esclarece a dermatologista Shirlei Borelli, de São Paulo.

5 - Os bronzeadores à base de urucum são os melhores?
“Não, isso é um absurdo”, alerta Ediléia Bagatin. “Em primeiro lugar, o termo bronzeador não deveria nem existir. Isso porque não há nenhum produto capaz de estimular o bronzeado.” Em outras palavras, só a radiação solar consegue estimular a melanina, o pigmento que escurece a pele. O que existe na formulação dos cosméticos são outros pigmentos que se depositam no corpo e enganam os olhos, conferindo o tom alaranjado. E muita atenção: o urucum é totalmente contra-indicado. “Ele provoca queimaduras, pois seus componentes aumentam a ação dos raios ultravioleta”, diz Ediléia.

6 - O que devo fazer para evitar o ressecamento e tratar as queimaduras?
O calor do sol acaba ressecando a pele. “Para impedir que isso ocorra, use sempre um filtro solar com creme hidratante”, recomenda Zilda Najjar. É preciso repor a água perdida. Por isso, também tome um banho rápido, de preferência frio ou morno, depois da exposição. Já o tratamento das queimaduras vai depender da gravidade delas. “Se forem só bolhas pequenas e superficiais, que se rompem durante o banho, evite o sol por uma semana e use um creme hidratante”, ensina Zilda. “Mas, se elas forem grandes e profundas, não deixe de procurar um médico.”

7 - O bronzeamento artificial leva ao câncer de pele?
“Se ele for realizado com freqüência, pode levar, sim, ao câncer de pele”, afirma Shirlei Borelli. As câmaras de bronzeamento artificial emitem separadamente os raios ultravioleta A e B ou os dois juntos. Hoje em dia, as mais comuns são aquelas que usam apenas o UVA. “Elas são menos cancerígenas do que as de UVB apenas, mas também levam aos tumores com o tempo”.

8 - Os bloqueadores e os filtros solares devem ser usados mesmo em dias nublados e chuvosos?
Sim, pois os raios ultravioleta — aqueles que provocam o envelhecimento precoce e o câncer de pele — não têm nenhuma dificuldade para passar pelas nuvens. E mais: num dia nublado a radiação infravermelha, que dá a sensação de calor, não chega até nós. “A gente perde a noção de termômetro e não percebe que está se queimando”, diz Ediléia Bagatin. Portanto, nunca deixe de se proteger.

9 - Quantas vezes por semana eu posso usar essas camas de bronzeamento artificial? É preciso aplicar filtro solar?
“É melhor que a pessoa esteja sem nenhum produto sobre a pele no momento do bronzeamento artificial, a não ser em áreas muito sensíveis, como os mamilos”, opina Shirlei Borelli. A freqüência de exposição varia de pessoa para pessoa. Mas a prática é desaconselhada pela imensa maioria dos especialistas. “Em princípio, ninguém deveria submeter-se ao bronzeamento artificial”, aconselha Maurício Alchorne, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Se, por acaso, a pessoa for um artista ou um modelo e tiver realmente a necessidade de mudar o tom da pele por causa do trabalho, tudo bem, desde que o uso dessas câmaras não se torne um hábito.” Aí, sim, mora o perigo.

10 - O bronzeamento artificial deixa a pele envelhecida?
Sim. E muito. Uma das características das ondas ultravioleta A — as mais freqüentes nas câmaras de bronzeamento — é que atingem as camadas mais internas da pele. Assim, há menos chance de causar vermelhidão e queimaduras do que a luz solar natural. “Em compensação, como essa radiação penetra mais profundamente, acaba provocando um envelhecimento muito mais acelerado”, revela Zilda Najjar. O risco de câncer também pode ser maior.

A exposição moderada aos raios solares ajuda a prevenir a osteoporose

• Os raios do bronzeamento artificial são iguais aos do sol. Só que eles levam ao envelhecimento precoce mais rápido. Sem contar que também oferecem o risco de câncer de pele
• Todo ano surgem cerca de mil novos casos de câncer de pele no Brasil. Em um país ensolarado como o nosso, o filtro solar deve ser usado diariamente
• Usar chapéu é uma boa dica para se proteger do sol. Quem abre mão do acessório deve usar um filtro com fator de proteção 15, todos os diasSe você fica vermelho depois de 5 minutos de sol, vai demorar 10 vezes mais tempo — ou seja, 50 minutos — se usar um filtro com FPS 10

Fonte: Revista Saúde (editora Abril)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Se a barriga é tanquinho...

Galera, super feriadão chegando, muita balada por aí, descanso pra quem gosta e precisa, whatever, feriadão de páscoa..... segunda-feira todo mundo na academia pra queimar os exageros ao chocolate! E por falar em academia, encontrei mais um texto "mara", super atual e que nos faz refletir sobre nossas metas e condutas no meio gls ou não! Estou falando do bendito corpo sarado que tantos de nós, gays ou não, buscamos com tanto afinco....
Mas..... será que nessa procura desenfreada sobra lugar para o cérebro e para o coração??? Vamos pensar nisso??

Os anos 2000 revelam o novo ponto de obsessão da anatomia do homem
: o tanquinho

por Valmir Costa (Mundo +)

Em 1908 a revista humorística Careta fazia crítica à nova vaidade masculina. Chamava o homem vaidoso de “representante desse sexo que se diz barbado e vive a depilar-se agora”. Cem anos depois, este homem raspa não só a barba, mas outras partes do corpo como peito, abdômen e, quiçá, as pernas. Tudo para exibir o que os pelos escondiam: os músculos. É exatamente este modelo representado pelos anos 2000 para a estética corporal masculina.

A revista Men’s Helth [Saúde dos Homens], lançada nos Estados Unidos em 1986, é a maior representante desta nova estética máscula. Além dela, claro, as revistas gays, que usam os corpos torneados masculinos em suas páginas e capas. A Men’s Helth é veiculada em 48 países. A versão brasileira foi lançada em maio de 2006.

De lá para cá, pode-se perceber qual o local que a alma deste homem moderno deve ocupar: o corpo sarado. Todas as edições da Men’s Helth dão destaque na chamada para o abdômen. “Tchau Barriga”, já dizia a primeira edição. As demais dão destaque para os músculos, sobre emagrecimento, à boa forma, mudança de hábitos para um corpo ideal e para a perda do pneu, ou seja, mais uma vez a região da barriga. Não é à toa que os homens da capa da Men’s Helth ostentam uma barriga, ou melhor, um abdômen sarado, rasgado e cheio de gominhos.

Só muda o nome A barriga tanquinho se tornou o novo ponto de obsessão da anatomia do homem e está impregnada em todas as culturas. Só muda o nome. Como dois exemplos, este tanquinho é chamado nos Estados Unidos de six pack [pacote com seis] e na Itália addominali a tartaruga [abdômen de tartaruga]. Mas essa barriga tanquinho, que se tornou símbolo do masculino, é metonímica. Ela é a parte pelo todo, pois se pressupõe que, se a barriga é “tanquinho”, o homem é uma Brastemp.

Também é metafórica porque revela a virilidade inflada numa correlação fálica. O pênis é o único órgão externo que se modifica por conta própria. Logo, pressupõe-se nessa representação viril na musculatura como se belos corpos são dotados de belos pênis. Uma correlação erotizada do macho. Mas como o falo causa desconforto, é preciso demonstrá-lo de forma metafórica. Mas nem sempre o pênis cresce ao ponto de satisfazer o “dono” dele.

O que não ocorre com os músculos. Estes sim, se trabalhados com toda a maquinaria das academias, podem crescer. É um processo afirmativo e superlativo de ser homem ou mais do que os outros. Também ocorre no meio gay com aqueles que cultivam os músculos inflados. Receberam a alcunha de “barbie”. Tudo isso por conta do slogan da boneca: “o que você vai querer ser quando crescer? Barbie!”. Enfim, o corpo marombado, mas a alma de boneca.

Do armário para academia No entanto, tal modelo viril impera no meio gay, muitas vezes estimulado por anabolizantes. No entanto, os anabolizantes incham o corpo e encobrem as dobraduras dos gominhos abdominais. É necessário murchar o corpo para que esta região possa vir à tona. O final da primeira década dos anos 2000 faz surgir uma nova espécie: a do corpo definido, rasgado, sarado. O estilo “barbie” está fadado ao démodé como prenúncio dos próximos anos. Chaga a hora de dizer “adeus, barbie”, e ver emergir uma outra estética corporal.

Mas esse culto à imagem máscula do corpo sempre existiu. No final da década de 60 aos anos 70, o modelo viril era outro. Os bigodões e os pêlos corporais ditavam tal estética, também de forma ambivalente na relação da sexualidade e satirizada na música Macho Man, do Village People. Naquela época, como agora, há um constante apelo masculino de uma nova identidade.

Ele procura um lugar que o comporte depois dos movimentos feminista e gay a partir dos anos 60. Hoje a mulher saiu da cozinha, o gay do armário, e se juntaram aos homens nas academias de musculação. Todos habitam o local da “malhação”, que tem início no final dos anos 80 e perpetua-se até hoje. É a época do corpo torneado à máquina. Alguns teóricos classificam tal comportamento como o pós-humano.

É o novo estatuto do corpo, que extrapola o orgânico através do uso da maquinaria, e que supervaloriza a matéria orgânica. É a era do materialismo, no qual o corpo é mais valorizado do que a mente. Esta é uma forma diferenciada da arquitetura do modelo do homem grego. Toda parte do corpo se voltava para a mente do homem racional proposto por Platão. Mas essa musculatura estava sempre associada ao poder, representado pelo pênis como o “algo mais” se comparado à mulher castrada.

Falocentrismo deslocado – Contudo, este pênis grego era decoroso, sublime e pequeno. E deveria ter a proporção áurea entre a cabeça (razão) e o resto do corpo. Até a concepção renascentista de David de Michelangelo adotava tal modelo. Isto é, a consciência, pois ela é a função de um organismo, não de um órgão. A consciência também não é função única do cérebro. Porém, essa consciência se deslocou e se alojou no abdômen, no centro do corpo masculino. Ficou mais próximo ao pênis e mais longe do cérebro. É um falocentrismo deslocado e circunscrito, pois Narciso acha feio o que não é “tanquinho”.

No meio disso, a indústria cultural lança o termo metrossexual para o homem moderno com estilo estético arrojado. Atitudes antes atribuídas às mulheres ou a “homens suspeitos”. O editorial da Men’s Helth da edição de março de 2008 disse: “Você, leitor, já sabe que a “Men’s Helth” é uma revista que funciona, que é para ser usada mesmo, manipulada, carregada na mochila, da casa para a academia, da banca para o café na padaria, para o parque... O problema é que nossos amigos folheiam a Men’s, mas não a lêem a fundo”. Quem seriam estes “amigos”? Os machos? E quem lê a revista são os “suspeitos”? Ou são os gays? Sabe-se lá!

O que se sabe é que há um estranhamento, por parte dos homens, na linguagem adotada pela revista, que segue o estilo da revista Nova. Como exemplo, os verbos imperativos: “Perca a barriga já!”, “Troque gorduras por músculos”, “Ganhe potência no sexo”, “Ganhe músculos na boa”, “Aumente os músculos agora!”, “Fique forte para o sexo – ganhe vigor, flexibilidade e força nos músculos que são mais exigidos na hora H. Ela vai sentir a diferença”. Funde-se e confunde-se homem e pênis numa coisa só, representado apenas pelos músculos. É como se os músculos fossem a principal ferramenta na “hora H”.

Esnobismo A virilidade vem da fala e dos procedimentos que homens têm em relação à mulher e do gay em relação a outro gay. O homem tem tanta autoestima que não se acanha em dar uma cantada numa bela mulher, ainda que ele seja muito feio. Se ela o esnoba, na consciência masculina, ela é uma vadia. Isso porque vai “dar” para qualquer outro e não para ele. É sempre ela a culpada. No caso feminino, a mulher toma para si a “culpa”. Será que sou feia? Tenho celulites e estrias? Estou gorda?

São neuroses que estamos acostumados a ver na revista Nova e que, supostamente, atrapalham o orgasmo. A insegurança dessa castração é representada no ponto G. Imaginário, é ele tratado como se fosse um “ponto de ônibus”, no qual a mulher embarca e chega aonde ela quiser. Já os gays sarados, com barriga tanquinho, parecem estar sempre fora de forma. Dizem que precisam malhar mais. Parecem carentes de elogios o tempo todo. Mas quando podem, desdenham a paquerada de um magrelo ou um gordinho barrigudo com “cara de nojo de nós”, ou seja, o famoso carão.

Sem contar em alguns muxoxos como quem diz “vê se te enxerga!”. Já os franzinos e os gorduchinhos idolatram esta imagem malhada como ninguém. Outros, por conseguinte, preferem fazer o pacto da cegueira mútua. Entreolham-se, mas um não vê outro. Os músculos ou a ausência deles encobrem qualquer campo de visão. Mas o que estes músculos realmente encobrem são as inseguranças do masculino diante da virilidade atribuída antes ao tamanho do pênis.

Mas os homens, sejam gays ou héteros, sempre se safaram desse “trauma” com a piadinha “melhor um pequeno brincalhão do que um grande bobão”, ou então, “tamanho não é documento”. Discurso adotado até por muitas mulheres e, quiçá, alguns gays, quando não têm algo melhor, ou maior, para o seu deleite. Então, já que piadinha alivia traumas, para os desprovidos de barriga tanquinho e os providos de uma baita pança uma pergunta: Do que adianta uma barriga tanquinho se a torneira é pequena?


Pesado hein?? e de que adianta um corpo maravilhoso, se da boca só sai merda, e na cabeça só tem vento?

vamos pensar?

forte abraço a todos e ótimo findi !

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Nice week dears

Galera, abrindo a segunda feira com frase para reflexão, de uma querida amiga e pensadora, formada em letras e atôa por natureza !! Quem disse que o ócio não produz????

Ahhh e sobre o Barak Obama ter elogiado e layout do nosso presidente gordenho, pudera né galera!! Quem não elogiaria um Armany???? É assim, antes da presidência, ternos aproveitados de brexos, depois da presidência, alta costura importada !!! Por isso eu digo : Não existe gente feia, e sim sem "recursos" !

Frase de hoje:

No meu tempo as crianças só matavam aula.

domingo, 5 de abril de 2009

TRUQUE NO CARÃOOOOOO !!!

Oi galera, espero que todos um puta domingo, por que domingo tem que ser bom né gente, pelo amor de deus !!!!!! Já basta a semana pra estressar !! E justamente pra corrigir as marcas do nosso stress diário, é que fiz o post de hoje! Espero que curtam hein !!
Forte abraço

Dicas de maquiagem para meninos !
Já faz tempo que o mercado de cosmético quer ganhar o público masculino com linhas específicas. Só em 2006, mais de R$ 1,5 bilhão foi movimentado por esse nicho específico, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Os perfumes, os desodorantes e os produtos para barba são os líderes no faturamento.

A maquiagem masculina parece estar longe de conquistar grande espaço no mercado, pelo menos na opinião de consultora de moda e beleza masculina, Márcia Rocha. “Infelizmente, ainda é uma micro parcela que adere a esse tipo de produto, sobretudo no Brasil.” Segundo ela, só homens muito “tranquilos” com sua aparência usam maquiagem, e normalmente, esses homens são gays.

Para quebrar com esse mito algumas empresas brasileiras têm lançado linhas de maquiagem masculina. No final de 2007, O Boticário lançou a linha Boticário Men, com produtos para esconder olheiras ou para dar um up na expressão. Para Márcia Rocha, é fundamental que as empresas desenvolvam essas linhas. “Se não forem criados produtos específicos, o homem vai se aventurar na necessaire de uma mulher” opina. E os produtos para homens devem ter características específicas para terem sucesso: serem fáceis de usar e espalhar, serem multifuncionais e não ter textura grudenta.

Os homens são básicos na hora de fazer a maquiagem. Um corretivo basta para esconder olheiras e manchas de sol com um pó translúcido para tirar o brilho. No lábio, normalmente é usado um protetor, só para tirar a aparência de ressecado. Márcia Rocha dá algumas dicas para aqueles que querem aderia à maquiagem: escolha o tom certo para sua pele, aplicando o produto na mão, antes de ir ao rosto; espalhe bem o corretivo, e prefira o pó sem brilho à base, pois o líquido não cai bem na área da barba.

Conheça alguns produtos de maquiagem para homens de marcas nacionais e internacionais:

O BOTICÁRIO
Nanocombat anti-sinais
Anti-sinais para área dos olhos, testa e contorno dos lábios com nanotecnologia. Atenua bolsas e olheiras, uniformiza o tom da pele e hidrata prolongada. Preço: R$ 74,90 - 20ml

Men Serum Facial Anti-fadiga
Aumenta a firmeza da pele, melhorando a definição do contorno facial, tem ação antibrilho. Combate os sinais de fadiga do rosto. Preço: R$ 59,90 - 48ml

Hidratante Protetor Multiação
4 em 1. Protetor solar fator 20, contra raios UVA e UVB. Antienvelhecimento: protege a pele contra os males da poluição e estimula a produção de colágeno, responsável pela firmeza da pele. Hidratação e Antibrilho. Preço: R$ 49,90 - 48ml

Caneta Camuflagem
Cobre e disfarça sinais de cansaço, como olheiras e manchas na pele. Deixa a pele com aspecto natural, uniforme e saudável. Cor: bege médio. Preço: R$ 33,90 - 2,5g

LANCÔME
Tripla Ação Antiidade
Atua como lifting, anti-rugas e melhora a firmeza da pele, definindo o contorno do rosto. Preço médio: 299,00 - 50ml

Fluido Antiidade
Estimula a defesa contra o envelhecimento precoce, reduz os sinais de fadiga e as linhas de expressão. Preço: Preço : R$ 254,00 - 50ml

Gel Antiidade para a Área dos Olhos
Reduz bolsas, olheiras, sinais de fadiga e esconde rugas finas. Preço: R$ 188,00 – 15ml

BIOTHERM
Máscara Anti-fadiga High Recharge
Reduz sinais de cançaso instantaneamente, tem efeito tensor na pele e age como hidratante. Preço sob consulta

Loção Anti-fadiga High Recharge
Reduz visíveis sinais de cansaço e ajuda a pela a parecer re-energizada. Preço sob consulta

Serum Anti-olheiras High Recharge
Gel roll-on para a área do olhos, esconde olheiras, hidrata e é fácil de espalhar. Preço sob consulta

Neutralizador Force Supreme
Esconde as rugas aparentes e neutraliza as marcas não aparentes que podem dar origem a rugas, deixando a pele com menos linhas de expressão e com aparência mais jovem. Preço sob consulta

Creme com cor Power Bronze
Gel 2 em 1, hidrata e deixa a pele com aparência saudável e jovem. Tem duas tonalidades, uma clara e outra escura. Preço médio: R$ 109,00

Fonte : Parou Tudo

Um ótimo domingo a todos !

segunda-feira, 30 de março de 2009

O bofe é sempre a bicha do outro

Então pessoal, passei por umas paradas punk aí na minha vida, mas resolvi não abandonar esse espaço que acho bacana demais , graças a amigos que também fiz aqui, por isso resolvi postar esse texto "tudo de bom" que encontrei no site MundoMais ! O texto vale muito a pena ser lido, pois nos faz pensar sobre a cultura do nosso meio....espero que curtam!!!
Forte abraço

O bofe é sempre a bicha do outroO tipo efeminado é abominado e o tipo macho é a procura do elo perdido para muitos gays, que procuram relacionamento amoroso ou apenas sexo

por Valmir Costa

Paira no imaginário social a imagem do macho. Muitas vezes como estereótipo de jeitos brutos, que senta arreganhado, que coça o saco em público sem pudor, que cospe longe, que fale grosso e por aí vai. O Dicionário Houaiss, entre outras definições, diz que o macho é tudo “relativo a ou o próprio sexo masculino, com características próprias do homem, como energia, força, virilidade; másculo”. Mais do que as definições do que é ser macho é saber como estes conceitos são construídos no social. São as relações de gênero, que envolve o tipo masculino e o feminino e suas construções sociais a partir do sexo biológico.

Muito embora o gênero homossexual seja mais livre de convenções quanto ao tipo masculino, é exigido que gays tenham conduta e papel masculinos. É comum gays procurarem tipos masculinos, seja ele efeminado ou não. Apresentam-se em anúncios de sites de relacionamento como “machos”, “homens de verdade”, “sarados”. Procuram pessoas com características iguais e rejeitam os efeminados.

Alguns gays não fazem tal seleção. É o caso do estudante universitário Rafael, 21, de São Paulo. Ele é incisivo. “Gosto de homem e ponto! Para ele, o homem tem que ser seguro de si e que um gay efeminado pode lhe atrair. “Eu gosto de comer efeminado”, diz sem titubeio. “Eles me atraem sempre, mas sempre neste sentido”, diz. Para ele, afetivamente rolaria um namoro, pois, quando se trata de afetividade, é idiota fazer tal distinção. “Não namorar é um pseudo-preconceito”, diz. Rafael já namorou um efeminado por três meses quando tinha 18 anos e o namorado 23. “Eu sou machão quando estou comendo alguém. Pelo menos gosto de pensar assim”, ri.

Ele também não se vê como efeminado. “Acho que um hétero diria que pareço um hétero sensível, ou seja, um viado que foge do estereótipo, mas continua viado”. É ai que entra a questão de ser sensível. O tipo machão rejeita este adjetivo. Ele parece ir muito além da relação atividade/passividade e também do tipo que cria dele próprio. É o caso do ator Alexandre Frota, que já foi capas de revistas gays, já beijou homem, transou com travesti e ainda cultiva o tipo pitboy de ser, ou seja, o machão. Tem que ser o macho rude?

Sexualmente e afetivamente, Rafael diz que os dois tipos lhe atraem. No entanto, confessa que, quando o outro é másculo, sua vontade é de ser o passivo, mas sem ser uma conta exata. “Se estou bem envolvido, provavelmente serei versátil total”, afiança. O jornalista S.C., 30 anos, do Recife, não tem um tipo de gay que ele prefira. “Depende do dia”, diz. Mas se tiver um tipo físico especifico, ele arrisca um. “Corpo legal ou magrinho, branquinho, cabelo preto, que fale muito, que tenha autoconfiança e seja inteligente e me faça rir. Pronto?”, diz SC. Como se vê, o jornalista extrapola o tipo físico ao da personalidade. Quanto ao tipo “macho” de ser, ele afirma que é um tipo construído e que faz despertar confiança, que se admira ou algo assim.

Ele é gay? Nem parece... – Nesta história do ser gay e ter jeito de macho, muitos fazem comentários do tipo “ele é gay, mas não parece”. Isso já ocorreu e ocorre com Rafael. “Mas cada vez menos”, sorri. Para ele, as pessoas parecem querer elogiar com tal comentário. “Mas não me sinto elogiado de fato”, conta. Por sua vez, quando o assunto é o gay que se diz macho, vangloriando-se em detrimento dos outros gays, S.C. é pragmático. “Conheço gente assim. Eu acho sem criatividade. É pura ilusão isso. Se bem que sexo é pura ilusão”, comenta e gargalha.

Para Rafael, o que importa é o comportamento do gay. O que não lhe agrada são os gays preconceituosos que se acham héteros e bicha escandalosa que ''causa''. “Em outras palavras, gente sem educação e deselegante me broxa sempre”, comenta. No entanto, Rafael pára para questionar. “Não sei por que os gays associam todo tipo de afeminado ao tipo escandaloso? Acho porque são boçais mesmo”. Este tipo da bicha “fechativa” também é uma construção social do meio gay.

O brasilianista James Green, no livro Além do Carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX, faz um extenso levantamento da vivência homossexual no Brasil e aponta alguns estereótipos da década de 60, construídos e aceitos por muitos gays. Quando se assumiam, eles incorporavam trejeitos femininos na sua concepção de gênero. Estes eram chamados de “bonecas”. Por outro lado, ele aponta alguns “homens verdadeiros” ou “bofes”, que mantinham relações sexuais com as “bonecas”, postura viril e eram casados ou tinham namoradas. No entanto, estes não se consideravam gays.

Green avalia que dentro desse mundo de bofes e bonecas, a idéia de duas bichas praticando sexo era tão repugnante para as bonecas quanto era intensa a aversão da maioria da população ao comportamento homossexual em geral. Quando dois homens reconheciam que ambos eram homossexuais e queriam ter relações sexuais com o outro, isso era incompreensível para muitas “bonecas”. Esse modelo era um consenso dentro e fora do grupo homossexual daquela época.

Fora do Meio – Do reprimido, também nasceu a cultura gay quando a indústria de consumo e do entretenimento descobriu este filão. Antes era o mundo do gueto, da subcultura. Quem freqüentava o gueto, vivia às escuras. Com essa abertura de lugares de freqüência gay como bares e boates, a década de 90 criou a expressão “fora do meio”, mais numa relação de afirmação do “não ser efeminado ou de ser “macho”.

Muitos gays, para se tornarem mais machos, abominam o meio gay. “O que me irrita é esse pensamento de que há algum problema em freqüentar o meio”, esbraveja Rafael. Ele diz que tem um amigo que rejeita quem freqüente lugar gay, mas vai. “Quem é gay saca que ele é, mas ele acha que não”, conta. De acordo com Rafael, seu amigo adora um “teenzinho”. “A idéia do teen que ele está azarando nunca ter pisado numa balada gay dá uma idéia de uma coisa meio imaculada, sabe?”, diz

É nesta bipolaridade dentro/fora, másculo/efeminado, perto/longe que se constitui o mundo gay. Vai depender do lado de proximidade/distância que um vê o outro. A bicha é o “Eu” ou o amigo próximo a “mim”. No sentido de proximidade afetiva e sexual, o bofe sempre vai ser o “outro”. Tudo depende do lugar em que cada um se coloca. Se um gay tem um namorado, tal namorado vai ocupar a posição do “bofe” tanto para o namorado como para seus amigos. Já este namorado pode ser a bicha no seu núcleo de amizade. Resumindo: O bofe é sempre a bicha do outro, ainda que seja uma forma de brincadeira ou deboche.


Coisa de Mulherzinha? – Rafael conta que já foi chamado de “mulherzinha” na escola. “Mulherzinha era o menor dos xingamentos. Já apanhei na escola por ser gay”. Ele não sabe se tal agressão vinha do seu “jeito” de ser. “Acho que porque eu me isolava, era o primeiro da classe, nunca pegava menina nenhuma e nem demonstrava interesse em pegar. De certa forma, a minha postura era de quem se achava um palmo acima dos outros”, acha

Sobre esse suposto jeito de ser gay, Rafael concorda em um ponto. “Talvez alguma coisa no meu jeito me entregava”. Por outro lado, ele diz que na época da escola não tinha contato com isso que chamam de “mundo” ou “meio” gay. “Existe um jeito de ser gay, mas esse jeito de ser fica evidente mesmo quando o gay entra em contato com outros gays. Naquela época, não era o caso”.

Sobre o jeito viado de ser ele dispara. “Eu não sei bem que ''jeito'' é esse. Mas, com certeza, os meninos héteros da primeira série sacaram que eu era gay bem antes de mim”, gargalha. Para o psicólogo João Furtado, esta é uma construção social que permeia a infância que coloca os meninos em relação às meninas. É uma coisa da disputa. Geralmente, os meninos que na fase adulta, quando a sexualidade aflora, se orienta gay, na infância está mais próximo das meninas. “Isso causa certa inveja nos meninos, que procuram taxar tal pessoa de forma pejorativa. Chamar de gay é a primeira coisa”, observa.

Foi o que aconteceu com Rafael. Ele comenta que pode ser muito mais de um “jeito de ser” que vão além. “Eu só andava com as meninas porque me sentia mais à vontade com elas”, recorda. No entanto, ele diz não saber explicar o motivo. “Até porque hoje não tenho tantas amigas assim. Tenho mais amigos. Todos bibas”, sorri. De acordo com Furtado isso ocorre mais por uma questão de identificação e não de identidade. “Não que alguém na infância tenha a identidade feminina. Isso até pode acontecer, mas é a identificação com um grupo que não o oprime. Naquele grupo de meninas, o garoto gay se sente protegido”, esclarece o psicólogo.

Macho e músculo – Já o cientista brasileiro C. Commotion, 43, que mora na Austrália, é mais contundente quanto ao tipo de homem que gosta: dotado masculino. “Perdôo tudo se o pau for grande, menos sobrancelha tirada”, diz. Quanto a esse tipo de “macho” no meio gay ele diz que tudo passa pelos músculos. “Basicamente a macheza tem um erro associado que é o desenvolvimento de músculos. Macheza não é músculo e muito menos carão”. C. Commotion avalia o tipo “barbie” de ser. “Quanto mais bombado, mais macho e belo se sente”, dispara.

Isso já aconteceu com Rafael. Segundo ele, muitos caras diziam ter tipo macho. Mas eles eram tão machos quanto diziam ao vivo? “Geralmente só musculosos, mas com roupinhas de grife, perfume forte, CD da Cher no carro. Quase todos tinham alguma coisa no jeito que fazia meu ‘gaydar’ apitar horrores”, diz Rafael. Já C. Commotion coloca a masculinidade fora do estereótipo da beleza. “Acho a feiúra masculinizante”, conta. Quanto a esse tipo de busca de gays por um tipo “másculo”, ele é mais condescendente.

Segundo ele, o que muita gente busca é a ilusão de estar transando com um hétero. “Se não for ilusão, melhor ainda”, diz. Mas isso depende muito do terreno onde habita esse “macho”. É o que pensa C. Commotion. “Isso no campo do sexo, no campo afetivo tudo muda”, observa. Desde a teoria evolucionista de Darwin, que o homem vem se transformando. Porém, é o lado mais primitivo do homem que é valorizado. Algo contraditório. É fato! Inclusive entre os gays. C. Commotion é adepto ao lado primitivo do masculino, ainda que ele seja gay. “O mundo gay é a masculinidade levada ao extremo. 99,9% dos anúncios e perfis pedem por não afeminados”, observa.

É para casar? – Certos tipos gays de ser ou não revela uma dualidade no pensamento de alguns. O primeiro deles é o “sexual” e o outro o “afetivo”. O sonho do príncipe encantado faz parte do imaginário. No entanto, no meio gay, ele parece ter que vir com esse bônus track, ou seja, o de ser macho. A afetividade e o conceito do gay querer sempre o cara com jeito de macho é o fato de muitos estarem sozinhos, ou seria outra coisa? Para o psicólogo João Furtado existe muito este tipo de ilusão.

Não apenas num tipo másculo de ser, mas de ser bonito, ter vida financeira estável, entre outras coisas. “Os que não têm estes requisitos são desprezados ou usados como objeto de desejo na realização sexual”, comenta. Para o cientista C. Commotion, a questão da solidão de forma ampla, que inclui os héteros e diz que todo mundo está sozinho porque o sexo é importante. Por outro lado, ele aponta o sexo como mais valia entre os gays. “No mundo gay, além de superimportante, é fácil. Então não se quer abandonar o prazer em grande quantidade para dividir a vida com alguém”, afirma.

C. Commotion tem um relacionamento estável e aberto há 10 anos com o seu companheiro. Para ele, o próximo passo na evolução é sacar que dividir a vida com alguém não significa acabar com a alegria da diversidade física. “Chega de imitar os casais héteros”, apregoa. Ele explica que, claro, deve ser combinado entre as partes e que esta é uma das formas de ser feliz. “No meu caso, tenho uma relação estável e não me sinto disponível para nada que não sejam alegria e diversão física fora da relação”, diz.


Quanto aos perfis dos sites de relacionamento nos quais os gays se descrevem como machos e descartam os efeminados, muitos já levaram mona por bofe. “Saindo do virtual, todo mundo é macho e afeminado. O importante é ser interessante. Isso no esquema de procurar alguém no sentido mais afetivo”, diz C. Commotion. Se for para sexo casual, ele é prático. “Se o lance for mais genital, tem muitos lugares onde as pessoas se escolhem e se divertem só pelo corpo. É só ter noção. Não procurar romance numa orgia, por exemplo”, aconselha.

Uma ótima semana a todos !!

"Você pode buscar a Paz em qualquer lugar; Mas só irá encontrá-la na verdade da qual está fugindo." - Sidarta Gautama (buda)