Primeiramente , gostaria de me desculpar por ter ficado tanto tempo sem postar, mas realmente eu não estava tendo tempo de colocar algo de conteúdo que realmente valesse a pena!! A rotina estava corrida e ainda está, mas mesmo demorando , hora ou outra eu dou um jeito de postar algo legal, portanto não desistam de visitar este blog ok???
Bom, procurando me atualizar sobre o que anda acontecendo, encontrei este texto "mara"!! Ele é a edição traduzida do que eu penso a respeito das queixas de muitos conhecidos e amigos sobre solidão e frustração amorosa!! Leiam e reflitam! Será que alguém de vocês também não faz o mesmo que nosso personagem aí do texto???
abraço a todos !
Ninguém quer nada sério !!!
Davi (nome fictício) é um paciente de quarenta e poucos anos, cuja principal queixa é a de não "conseguir um namorado". Passamos boa parte das nossas sessões conversando sobre suas tentativas, sempre frustradas, de conhecer e principalmente de estabelecer uma relação mais profunda com outro homem. Entre as várias explicações que Davi propõe para a sua dificuldade, uma me chama atenção em particular: a de que ninguém querer nada sério.
Para embasar seu argumento, Davi desfia uma série de histórias nas quais ele sempre se vê no papel de vitima de um "golpe" que, segundo ele, é a norma nos sites de relacionamento. Esse golpe consiste numa estratégia posta em prática pela grande maioria dos internautas gays para disfarçar sua verdadeira motivação, que é, na visão dele, a simples e pura aventura sexual, sem qualquer envolvimento afetivo. Nas situações relatadas por ele, embora a conversa inicial gire sempre em torno do desejo de se estabelecer uma relação séria, seu desenrolar acaba levando inevitavelmente à sexualização e à pergunta crucial "o que você curte na cama?". A resposta a essa questão poderá, ainda segundo ele, anular todas as outras afinidades que por ventura o "casal" venha a ter, definindo assim o futuro da relação. E nos poucos casos que o encontro de fato se dá, é de novo a compatibilidade sexual que será o fator determinante. Na sua experiência, raramente há um segundo encontro, o que confirma sua tese de que a despeito da intenção declarada, o que eles querem mesmo é só sexo.
À medida que vamos aprofundando o tema, percebo que Davi, embora tenha mesmo razão em se queixar (afinal todos nós sabemos como o jogo do amor pode ser complexo e complicado), ele não é realmente a vítima que acredita ser. Na verdade, ao analisarmos com o devido cuidado a dinâmica na qual ele recorrentemente se envolve, descobrimos um lado para ele desconhecido e muito ameaçador de sua psicologia. O fato é que, na ânsia de encontrar o homem dos seus sonhos, Davi utiliza, ainda que inconscientemente, exatamente os mesmos recursos que mais tarde irá rejeitar no outro. Ou seja, a sexualidade. Da escolha do "nick", as fotos com as quais se apresenta e as decisões que toma em nome do projeto de encontrar o namorado, tudo é cuidadosamente planejado para atrair e seduzir sexualmente o candidato. Embora o discurso seja o do namoro sério e do romance, sua atitude é implicitamente sexual, o que acaba por definir, ainda que de forma inconsciente, um campo psicológico também marcadamente sexual.
Penso que Davi, assim como muitos outros homossexuais, está na verdade inconscientemente aprisionado a uma visão muito redutiva (e negativa) da homossexualidade. De acordo com essa visão, a homossexualidade por ser a expressão de uma sexualidade instintiva e, portanto, desprovida de um sentido mais profundo, normalmente atribuído à heterossexualidade, limita-se à satisfação do desejo e do impulso sexual. Como resultante dessa perspectiva psicológica, claramente ancorada na homofobia internalizada, se estabelece uma hiper valorização da função sexual em detrimento de outros aspectos da energia erótica. Ao aprendermos desde muito cedo que o verdadeiro amor só se dá numa relação entre um homem e uma mulher, aprendemos também a separar o afeto e a intimidade amorosa da atividade sexual. Cindimos nosso Eros e o deslocamos para um sexo quase sempre desprovido de alma. Buscamos na atuação sexual (muitas vezes compulsivamente) uma forma de conexão que só a intimidade amorosa pode nos dar. É a homofobia moldando a matriz de nossos relacionamentos.
Ainda que Davi reafirme seu desejo por uma relação de intimidade amorosa com outro homem, na prática ele não sabe como buscar ou sustentar essa intimidade. Ao lançar mão da sexualidade como o mais importante atributo no processo de atração e de sedução (como aprendeu no passado e reaprende todos os dias no convívio com outros gays) e se submeter às regras do "meio", sem ao menos se dar conta disso, estabelece um padrão de resposta bastante previsível e altamente frustrante. Para se livrar dessa armadilha ele terá que deixar de culpar o Outro (e o "meio") por seu fracasso, rever sua atitude e alterar sua forma de lidar com as questões do amor. Aí talvez ele possa encontrar alguém que de fato queira algo sério.
Texto de Klecius Borges
10 comentários:
putz eu ia mete d emais nesse muleque jogando futebol americano
olha soh, ta no ponto hehe
Léo tarado ! Nem leu o texto!! hunf!
Eu acho que a maioria dos gays buscam nos canais errados e de forma errada, leia o meu post de hoje e vc entenderá o que eu estou dizendo, o sexo é muito valorizado, quando ele não é uma condição e sim uma consequencia.
gente
q interessante!
nunca tinha atentado para esta perspectiva da homofobia internalizada separando o amor e o sexo...
preciso maturar as ideias agora
adoro posts que me fazem pensar
nós mesmos criamos essas condições de não encontrar ninguém...porque somos os protagonistas dessas histórias... não queremos um companheiro, queremos alguém do nosso molde, caso não se encaixa, jogamos fora.
Ah! pode deixar...vou continuar a visitar o seu blog, hehehe, e entendo a falta de tempo.
Abs:-)
Adorei o novo visual. Quanto ao texto, filosofia que não vai resolver muito, infelizmente...
Ah, e o Léo é TARADO, hehehe.
nossa que blog legal! depois eu venho aqui com mais calma ... depois vc passa no nosso blog pra tomar um cafezinho !!! rsrs! abraço!
Concordo com o BinhoSampa. Há muitas explicações para esse comportamento super sexualizado dos gays. Cultura homofóbica, cultura dos próprios gays, instinto masculino, etc. Mas já estou cansado de me questionar. Eu era assim como o Davi. Procurava relacionamentos sérios nos meios mais equivocados. Hoje mesmo ainda espero uma ligação de um cara com quem transei das mais variadas posições, fazendo as mais variadas putarias na cama entre dois viados!. Ele mesmo questionou para mim: "Fulano, os relacionamentos gays só se baseiam em sexo, por isso duram pouco, e não é isso que estou buscando". "Mas se não durar entre a gente, curtimos o momento do tesão enquanto durar". Ambiguidade dele, não acha? Porra, ele mesmo está fazendo isso comigo e ao mesmo tempo é contra, vai entender. Então, resolvi, de uma vez por todas, desisti de encontrar um caso sério. Pelo que já vi, relacionamentos gays, mesmo que durem muito tempo, só se seguram por uma amizade, se houver; caso contrário adeus! Vou dar meu cu, chupar pica, comer rabos, ser feliz dessa forma. Como você disse, a cultura estabelece o amor apenas para homem e mulher; gays que fiquem com o gozo, apenas. E finjam que existe o amor. Que droga.
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