segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Homocultura e as Drogas !! Problema muito sério !!

Estudiosos debatem relação das drogas com a homocultura no Brasil !!
Fonte: ParouTudo

Faz parte dos encontros da Associação Brasileira de Estudos de Homocultura problematizar questões atuais em suas rodas de discussões acadêmicas. Um tema bastante inovador foi abordar a relação de corpo, drogas, saúde e socialização. A principal abordagem dos integrantes do debate foi além de destacar a forte questão das drogas dentro da homocultura, sintonizá-la em um estágio epidêmico no Brasil, o que para os especialistas da mesa ainda não foi evidenciada a emergência do tema.

A associação de drogas à homocultura está principalmente relacionada às Club drugs, grupo heterogêneo de substâncias usadas principalmente por freqüentadores de clubes noturnos e festas eletrônicas com o propósito de facilitar a interação social ou freqüentemente usadas também para facilitar e intensificar experiências sexuais. Entre as principais substâncias usadas pelo público gay estão MDMA (Ecstasy), Gamahidroxibutirato (GHB), Ketamina (“K”) e a metaanfetamina (Crystal).

Para a neurologista Virna Teixeira ainda faltam estudos e pesquisas no Brasil para fazer um verdadeiro diagnóstico sobre a questão. Apresentando dados de pesquisas americanas e inglesas, Virna mostrou como na última década o uso de club drugs tem se tornado cada vez mais popular entre círculos sociais de homens gays e bissexuais, principalmente entre os mais jovens, motivos ligados à faixa etária e também à afirmação da sexualidade.

Um dos pincipais problemas para a neurologista é que homens gays e bissexuais são usuários de múltiplas club drugs, o que aumenta o risco de toxicidade pela soma de efeitos adversos e colaterais, além do fato que tais substâncias ilícitas são constantemente adulteradas. Pelo uso múltiplo, Virna Teixeira destacou ainda o resultado da maior alteração de nível de consciência, com exacerbação de comportamentos de risco tais como sexo sem proteção, aumentando o risco de transmissão do HIV e outras DSTs.

Murilo Battisti, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo, fez uma pesquisa qualitativa com uma amostra de usuários de ectasy por cinco anos. Em sua pesquisa, relaciona o uso da substância à cena eletrônica. Os principais resultados foi que a droga tem por característica um uso transicional, ou seja, em apenas em uma fase da vida da pessoa, que de início tem uma vida social intensa interessada na experimentação, mas com o tempo com mudanças de prioridades e a consolidação dos papéis de adulto o uso fica de lado ou restrito.

Porém entre o número de pessoas entrevistadas, aquelas que se disseram homossexuais, tiverem um uso continuado. “É importante dizer que o conceito de ser jovem para o homossexual é muito mais elástico do que para um heterossexual. Aos 40 anos, o homem pode se sentir jovem ainda e continuar freqüentando a cena eletrônica. Um dos principais fatores de mudança que seria o casamento ou a criação de um filho não se aplica a esta parte dos entrevistados. Muitas vezes até quando há o casamento, um dos parceiros acaba influenciando o uso do outro também”, comenta Murilo. Entre os que continuaram o uso da substância, a pesquisa relatou o aumento do consumo de outras drogas de forte dependência química como cocaína.

Para o psicanalista Philip Leite Ribeiro, que coordenou a mesa, é necessário repensar as políticas adotadas para se conter o uso de tais substâncias. “Hoje em dia a redução de danos virou uma mera ‘redução de dose’. Não é isso que queremos. Falta informação específica para a comunidade. É necessário prevenir o seu uso e considerar os fatores que podem pré-dispor esta utilização”, explica. O psicanalista ainda salientou a importância dos programas de DST e Aids incluírem em suas cartilhas de informações a questão das club drugs também e não apenas o uso descartável de seringas no caso da heroína.

Para Philip, a desculpa da socialização é uma grande armadilha para este grupo de risco que são os homossexuais. A socialização neste caso se insere porque algumas destas substâncias promovem no indivíduo a sensação subjetiva de bem estar no grupo, de ser amado por todos e amar a todos, o que acaba o tornando-se uma grande armadilha, visto que após o uso vários sintomas depressivos são diagnosticados.

Entre as estratégias comentadas para a prevenção, os acadêmicos destacaram estratégias que contemplem a diversidade e promova o controle social. “Se a sociedade ou comunidade passa a ver com maus olhos o uso da substância, o usuário se sentirá em uma posição desconfortável, de vergonha e abandonará o uso ou nem irá iniciá-lo porque não seria mais cool”, comenta Ribeiro. “Vivemos em uma epidemia silenciosa e este é um problema de toda a sociedade e principalmente do estado porque também representa grande gasto para os cofres da saúde pública”, enfatiza Murilo.

Uma proposta da neurologista Virna Teixeira é a criação do primeiro ambulatório específico para atendimento de usuários de club drugs no país no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas - FMUSP. Uma medida que com certeza seria inovadora no Brasil que ainda não acordou para o grau de epidemia alastrada.

A Opinião deste Blog?? - Não sou Jesus Cristo nem Santo, mas prefiro curtir a balada sem aditivos, e acho que essa onda num tá com nada !! Imagine contrair uma doença qualquer por causa de uma droga idiota?? Um momento de lokura??

Acho sinceramente que não vale a pena!!

Abração a todos ótima semana !


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Mais baladinha delícia em Goiânia.............

Mais uma top produção da Dj Laurize e The Pub, para o dia 16/11 !!!! Pool Party !!! Certeza de música boa e gente bonita !! É só se jogar !!


E logo depois dia 22/11, outra top produção do querido Leandro Ribeiro, que não pára mesmo, e dessa vez o escolhido é top Dj Felipe Lira, que arrasou no set da última vez que passou por Gyn !!
Não vai?? I'M SO SORRY !!! Vai perder uma vibe incrível.....
Mega abraço e uma ótima Sexta !!





quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Teoria Queer: você sabe o que é?

Achei bem legal esse texto que "tenta" falar sobre nossas origens e tal, mas dessa vez não quero opinar, deixarei por conta de vocês, ok?? é meio grandinho, mas vale a pena estar bem informado !!!

Mega abraço e ótimo final de semana !!

Teoria Queer: você sabe o que é?
por: Fernandinha Martins
Para uma determinada questão tornar-se objeto de investigação científica é preciso que ela incomode. Por isso, a Medicina, o Direito e a Engenharia constituem-se nas mais antigas áreas de conhecimento, uma vez que a saúde, a justiça e as construções interessaram aos seres humanos desde os primórdios.

Outras áreas, porém, foram surgindo aos poucos, acompanhando o desenvolvimento histórico de cada sociedade. Foi assim que, hoje, a Comunicação tornou-se um campo de pesquisas complexo, juntamente com a Informática, o Design e a Ecologia. Mas o que isso tem a ver com os gays? Com toda a visibilidade que passamos a ter nas últimas décadas, era de se esperar que houvesse alguma área do conhecimento capaz de abarcar os problemas da orientação sexual e da identidade de gênero. Essa área existe e é conhecida como Teoria Queer.

Um debate acadêmico?

De acordo com Jackie Sussan, a Teoria Queer é "o discurso acadêmico que substituiu em grande parte o que costumava ser chamado de estudos gays e lésbicos". O termo foi cunhado pela feminista Teresa de Laurentis para uma conferência de trabalho para teorizar as sexualidades gays e lésbicas que foi realizada na Universidade da Califórnia em Santa Cruz, em fevereiro de 1990.
Boa parte das discussões da Teoria Queer advém do pós-estruturalismo, sobretudo da obra de Michel Foucault, e dos Estudos Culturais. No entanto, ao problematizar a noção de gênero, cerne da Teoria Queer, o debate extrapolou os muros das universidades e caiu nos movimentos sociais. Nem sempre bem aceita, uma vez que coloca em xeque determinados conceitos chave que são instrumentalizados pela militância, como os de "identidade" e "gênero" e "sexo", a Teoria Queer incomoda – mas justamente por isso merece atenção. Ela retira qualquer sujeito de sua zona de conforto em relação à orientação sexual e identidade de gênero, evidenciando que qualquer definição – de homem, de mulher, de hétero, de gay, de bissexual, de trans... – são narrativas que alocam os sujeitos em nichos pré-construídos.

It's a queer world

Mas por que "queer"? Esta palavra, de origem inglesa, significa, ao pé da letra, "estranho" ou "incomum". Foi usada como gíria em meados do século XX para referir-se aos homossexuais, sobretudo os masculinos. Meio século depois, basta olhar os principais dicionários de língua inglesa, como o Oxford Dictionary of English, e ler que a palavra está diretamente associada ao universo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).

Como era de se esperar, uma conjunção de fatores levaram a essa nova significação do termo "queer". Há quem defenda – e isso não está de todo incorreto – que houve uma sobreposição das palavras "queer" com "queen" (rainha), o que designaria um homossexual afeminado que seria, simultaneamente, rainha e estranho. Outra explicação, com ar mais erudito, remonta ao Inglês Antigo, no qual a palavra "quare" significaria "desconhecido".

Outro fato curioso é que, entre 1951 e 1953, o autor norte-americano William Burroughs escreveu um romance chamado Queer. Continuação de seu trabalho anterior, Junkie, este livro tinha um conteúdo homoerótico bastante forte, e por isso chegou a ser considerado obsceno para a época. Apesar de ter sido bem recebido pelos intelectuais, com elogios explícitos do ícone beat Jack Kerouac, Queer só foi publicado oficialmente em 1985. O universo de Burroughs, em nada alinhado aos padrões da normalidade, reforçou o uso de "queer" para designar realidades desviantes.

A palavra "queer" desde então tem se tornado um sinônimo aproximado de qualquer sexualidade avessa ao heterocentrismo. Antes utilizada como forma de inferiorizar os desviantes da heteronormatividade, tornou-se um termo inclusivo, abarcando identidades díspares como homens gays, homens que fazem sexo com homens, lésbicas, bissexuais, transexuais, transgêneros em geral e até mesmo praticantes de fetiches como o SM, o bondage, entre outros. Para Jackie Sussan, esta lista é "potencialmente infinita de outros tipos de alguma forma marginalizados por sua sexualidade".

Segundo Guacira Lopes Louro, no texto Teoria Queer: uma política pós-identitária para a educação, o termo queer "com toda sua carga de estranheza e de deboche, é assumido por uma vertente dos movimentos homossexuais precisamente para caracterizar sua perspectiva de oposição e de contestação. Para esse grupo, queer significa colocar-se contra a normalização – venha ela de onde vier. Seu alvo mais imediato de oposição é, certamente, a heteronormatividade compulsória da sociedade; mas não escaparia de sua crítica a normalização e a estabilidade propostas pela política de identidade do movimento homossexual dominante. Queer representa claramente a diferença que não quer ser assimilada ou tolerada e, portanto, sua forma de ação é muito mais transgressiva e perturbadora".

Uma teoria pra chamar de sua

Michel Foucault é, talvez, a principal referência da chamada Teoria Queer. Desde o início, o pensamento de Foucault voltou-se para a linguagem e sua capacidade de colocar ordem no mundo. Mais ainda, para ele, as palavras são capazes de estabelecer relações de poder. Para Foucault, o poder não está localizado em instituições estanques como os Estados ou em pessoas específicas como os governantes. O poder, ao contrário, dissolve-se na teia social e nas relações – qualquer uma delas – que as pessoas estabelecem entre si. Por isso, é impossível pensar um sujeito sem poder. Também é impossível aceitar a idéia marxista do proletariado tomando o poder da burguesia – afinal, o poder está em todo o lugar. Nessa perspectiva, o poder é uma relação de forças que está em todas as partes, atravessando todas as pessoas. Para Foucault, o poder não somente reprime, mas também produz efeitos de verdade e saber, constituindo verdades, práticas e subjetividades. As palavras, no caso, servem para criar discursos que justificam a prática do poder e a dominação.

Ora, é justamente essa associação entre o poder e as palavras que será o centro da Teoria Queer. Isso porque essa postura revela que aquilo que imaginamos ser nossa essência mais profunda é, na verdade, uma construção. Nossa identidade gay, por exemplo, é uma formulação imaginária, capaz de confortar algumas subjetividades, mas problemática para outras tantas. Como é sabido, antes de 1869 sequer existia a palavra "homossexual". Como para que haja movimento social é preciso uma identidade coletiva compartilhada, explica-se porque a Teoria Queer não é bem aceita por certos grupos da militância LGBT. Se não há uma grande identidade coletiva capaz de abarcar a todos, como se pode pensar em reivindicações e políticas públicas para LGBT? A Teoria Queer não oferece resposta, mas aponta, isso sim, que há a necessidade de se fazerem políticas para o particular, para o ímpar, para o único e para o efêmero.

Cabe ressaltar que, além de Foucault, outros teóricos da chamada vertente pós-estruturalista são referência para a Teoria Queer. Freud, por exemplo, é evocado por ter sido o primeiro a descentrar o sujeito, mostrar que há fissuras no que chamamos de consciência e de "eu". Lacan, seu sucessor, foi mais além, identificando que o Real é inacessível pela experiência empírica, restando para o sujeitos apenas a possibilidade de navegarem nos mares do Simbólico e do Imaginário. Também são aceitas contribuições oriundas da Semiótica e demais ciências da linguagem.

Mas o que quer a Teoria Queer?

Judith Butler, uma das mais eminentes expoentes da Teoria Queer, destaca que essa área, ao mesmo tempo em que produz novas concepções a respeito de sexo, sexualidade e gênero, afirma que as sociedades constroem normas que regulam e materializam o sexo dos sujeitos e essas normas regulatórias precisam ser constantemente repetidas e reiteradas.

Dessa forma, é possível dizer que há um viés político na Teoria Queer ao abrir condições para um exercício livre da sexualidade. As normas regulatórias do sexo têm um caráter performativo – ou seja, determinam e moldam comportamentos. Ao lançar luz e legitimar práticas que ficam à margem da norma, ressalta a humanidade no que ela tem de mais bonito: sua diversidade, que, felizmente, nem sempre está à disposição da ideologia dominante ou das convenções sociais.

Fugir das normas, porém, nunca é fácil. Nesse sentido, Pedro Paulo Gomes Pereira, no texto A teoria queer e a reinvenção do corpo, analisa a obra A Reinvenção do Corpo: Sexualidade e Gênero na Experiência Transexual, de Berenice Bento, a partir da ótica da Teoria Queer. Pedro destaca que essa autora procura verificar "os conflitos, as brechas, os interstícios, as fissuras e as disjunções que possibilitam que os sujeitos subvertam as normas de gênero". No caso da experiência transexual, "Berenice procura, então, compreender as perfomances dos sujeitos que não se conformam em e com seus corpos e como nas práticas cotidianas procuram adequar corpo, sexualidade e gênero, reinventando-os".

Ao contrastar o discurso médico sobre o "transexualismo" e a experiência concreta dos sujeitos transexuais, revela-se que a mulher ou o homem transexual não é "uma cópia patologizada e mal acabada de heterossexuais completos e saudáveis". Assim, invalida-se a idéia de "disforia de gênero" como categoria psiquiátrica explicativa da transexualidade.

Contra e além dos binarismos

Há alguns consensos entre os defensores da Teoria Queer. O principal, como já foi dito, é pensar a sexualidade como uma construção histórica, e não como uma essência genérica do ser humano. Assim, a orientação sexual e a identidade de gênero não estão previstas na genética e nem podem ser considerados como uma condição compartilhada coletivamente. Existe, isso sim, uma sexualidade para cada indivíduo, ainda que seja possível encontrar pessoas com gostos e inclinações semelhantes. É essa semelhança que permite, por exemplo, agrupar os gays em "ursos", "barbies", "afeminados", "versáteis", etc. Porém, não se pode confundir a semelhança com uma essência. Trata-se, isso sim, de convenções sociais compartilhadas por determinados grupos de indivíduos, passíveis portanto de mudanças ao longo da vida. Como já é possível perceber, a Teoria Queer problematiza o conceito de gênero, sem contudo desclassificá-lo.

Nessa linha, é possível afirmar que a Teoria Queer vai além das teorias feministas em suas reivindicações. Se o feminismo contribuiu com a desvinculação de gênero e sexualidade, a Teoria Queer alega que são, justamente, os binarismos macho/fêmea, masculino/feminino, homem/mulher que precisam ser abolidos. Segundo Pedro: "os corpos-homem e corpos-mulher parecem perder as amarras biológicas e se reinventam continuamente, fazendo-nos questionar se são realmente adequados os termos homem-mulher, alocados em justaposição ao vocábulo corpo". A Teoria Queer lança-se, então, em um universo no qual anuncia a "irredutibilidade" e expressa "a incômoda e inassimilável diferença de corpos e almas que teimam em se fazer presentes".

Mais ainda, a Teoria Queer é um embate contra a heterossexualidade compulsória, mas assume posição contrária aos binarismos fáceis, incluindo, portanto, a divisão entre homossexuais e heterossexuais. Seu caráter transgressor afirma um novo tempo, no qual é preciso pensar outras formas de classificação.

Se olharmos o mundo ainda com os óculos do binarismo, podemos identificar, de um lado, os que consideram a homossexualidade um desvio e, de outro, os que defendem sua normalidade e naturalidade. Ambos, porém, partem do pressuposto que o "homossexual" é um tipo humano distinto. Sob a ótica da Teoria Queer, para Guacira, "o grande desafio não é apenas assumir que as posições de gênero e sexuais se multiplicaram e, então, que é impossível lidar com elas apoiados em esquemas binários; mas também admitir que as fronteiras vêm sendo constantemente atravessadas e – o que é ainda mais complicado – que o lugar social no qual alguns sujeitos vivem é exatamente a fronteira".

Desconstruir os binarismos, porém, não significa destruí-los, e sim evidenciar o quanto essas classificações, ainda que reinantes, são inadequadas para dar conta da diversidade humana.


......E vocês, o que acham???

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Galera, emprego novo, faculdade, correria total, atualizações só no findi !!!! Contudo, uma imagem pra todos começarem bem a semana e uma frase pra reflexão!!!!

abração


"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."

("Antoine de Saint-Exupery")

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sábado babadeiro em Goiânia !!!


Sábado dia 11/10, diversão, requinte e bom gosto são inprescindíveis e de total responsabilidade do querido Leandro Ribeiro, com sua festa "Just", que promete se tornar a nova label do Centro-oeste !! Sucesso pra vc Leandro, e pra quem for se jogar, se joga COM FORÇA !!

Leandro Ribeiro


E para refletir nesta quinta:
"Os políticos fazem na sua vida pública, o mesmo que fazem na privada."

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Back2back Dos Deuses

Na sexta dia 10 de Outubro o The Pub tem o imenso prazer de trazer pela primeira vez à Goiânia, o back2back mais famoso do país. 4 cdjs, 2 mixers, dois deuses das pistas e uma vibe única. Renato Cecin e Paulo Pacheco residentes da pista principal da The Week São Paulo, prometem uma noite única e imcomparável e mostram porque este foi considerado o melhor set da última parada paulista. Nossa dj residente Laurize recebe os dois numa cabine preparada especialmente para recebê-los.

Imperdível !!

Back2back Dos Deuses – Renato Cecin vs Paulo Pacheco

Data: 10 de Outubro – Sexta-feira
Local: The Pub – Goiânia/Go
Horário: 23:00H
$$$: R$ 20,00 c/ bônus de R$ 10,00 para os 100 primeiros ou até 23:45 (preços sujeitos a alteração)
Line-Up: Djs Renato Cecin e Paulo Pacheco (The Week/SP) e Laurize (residente)

Goiânia tá fraca ou não???

O MEDO DE ENVELHECER SOZINHO

E aí pessoal? espero que esteja tudo muito ótimo com todo mundo......acabou o show de bizarrices da política graças a deus, o ano está indo embora mega rápido, e pra melhorar só falta a temperatura cair um pouco (Já manifestei minha ojeriza por calor aqui não é?? rs), enfim, trago pra vocês mais um texto brilhante de Klecius Borges, falando sobre nosso terrível medo de envelhecer sozinhos.......você também sente isso??? então fique à vontade que a casa é sua !!

abraço forte

O medo de envelhecer sozinho

São muitos os medos que rondam nossa vida. Medo de ficar doente, de não conseguir a grana para pagar as contas no fim do mês, de ser assaltado, de perder o ser amado, de não ser suficientemente bom para cumprir todas as expectativas que foram depositadas em nós, por nossos pais e pela sociedade de forma geral. Além desses medos específicos, vivemos também sob o signo de uma ansiedade que reflete um medo mais difuso, um medo inerente ao fato de estarmos vivos e, portanto, sem nenhum (ou pouco) controle sobre todos os perigos que nos espreitam e nos ameaçam, de forma consciente ou inconsciente.

Para os gays há ainda outro fantasma que os assombra e os coloca sob um constante estado de ansiedade: o de envelhecer sozinho. Aprendemos que por não constituirmos uma família tradicional com direito a filhos e tudo o que isso significa socialmente, acabaremos sozinhos e solitários. Ao perdermos a juventude e os encantos associados a ela, perdemos também a possibilidade de nos vincularmos (ou nos mantermos vinculados) afetivamente a um outro e, como conseqüência, estaremos inexoravelmente condenados à solidão. É bom lembrar que esse medo nos é permanentemente atualizado pelo coletivo social (nossas mães aqui incluídas) ao nos imaginar sem nenhuma função social, fora da paternidade, que dê sentido a nossas vidas ou nos inclua criativamente na sociedade.

Esse medo, profundamente enraizado na nossa psique, individual e coletiva, baseia-se na verdade em uma noção muito redutiva da natureza humana (e da sexualidade), fortemente influenciada pela religião e pelas ciências modernas. Ela pressupõe a função procriação como a única força capaz de nos fazer avançar, desconsiderando o papel fundamental dos arranjos sociais no desenvolvimento social e cultural da humanidade (e da sexualidade como forma de expressão mais ampla).

Entretanto, em todas as sociedades conhecidas há sempre uma rede social complexa envolvendo, tanto procriadores, quanto cuidadores, que são aqueles indivíduos que, mesmo não sendo pais biológicos, dedicam suas vidas a cuidar dos filhos dos outros. Na nossa cultura, podemos vê-los nos papéis de professores e religiosos, na área médica (médicos, enfermeiros), na área social (assistentes sociais, advogados, etc.) e também na área de entretenimento. Essa mesma noção é também responsável pela idéia de que a homossexualidade é uma sexualidade imatura e, portanto com menor valor social.


Nosso medo é ainda fruto de uma fantasia, a de que os filhos são garantia de uma velhice amparada, e de uma visão equivocada, a de que somente a família de origem pode fornecer o suporte emocional que o individuo necessita ao envelhecer. Basta olharmos em volta sem o véu da ilusão para observarmos uma realidade muito diferente. Quantos pais não são abandonados por seus filhos na velhice e quantas famílias não se formam a partir de laços afetivos, sem necessariamente envolver o mesmo sangue?

Na verdade, não envelhecemos de uma hora para outra. Construímos nossa velhice conforme a imaginamos ao longo do caminho. Assim, gays que não conseguem se imaginar lá na frente rodeados de entes queridos, familiares ou não, com filhos, biológicos, adotivos ou do coração, e com atividades e interesses sociais criativos e estimulantes correm, sim, o risco de ficarem mesmo sozinhos. Mas isso vale também para os heterossexuais.

Nota do blog: Gente que visão terrível do futuro não??? Mas no fundo se formos pensar bem, é isso mesmo o que acontece, pensamos muito no hoje, no agora, o máximo de futuro que alguns de nós se permite ver, é o look para o show da Madona !! Minto?

E você, anda construindo muros ou pontes na sua vida?
Uma ótimo resto de semana a todos !!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Pare e pense !!

"Na prosperidade, os nossos amigos conhecem-nos; na adversidade, nós conhecemos os nossos amigos."


Um excelente findi a todos !!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

9 motivos sérios para perder a barriga !!!!

Galera, definitivamente....têm dias que a rotina te deixa pilhado???? Ontem tive um dia desses....e pior é que quando fico assim, preciso ficar calado !! Meu humor fica negro e irônico e todas as frases que saem de minha boca são subliminares ! é um perigo ! mas o pior é perder a paciêcia e as vezes sem querer, refletir isso nas pessoas que amamos !

Assim, decidi que quando estiver pilhado farei voto de silêncio, assim ninguém se machuca!! Minha válvula de escape será a academia (por que toda essa energia negra tem que vazar por algum lugar não é???)!!

E pra pior as coisas, junta esse calor !! Alguém me explica pra que isso??? pra quê esse calor infernal??? O coisa mais nojenta é calor, suor, cheiros desagradáveis, sonolência, fadiga, moleza, indisposição, enfim, é tudo isso que sinto com dias quentes demais !!

Temperatura de 38° e baixíssima umidade relativa do ar, precisa de mais pra estressar?? ok, então some a isso o ônibus lotado, das 17:30 no trânsito de gayânia ! definição : INFERNO!! Calor é uma coisa que só deveria existir nas férias, bom mesmo é aquele friozinho, pra dar disposição pro dia todo! Você se suja menos, transpira menos, fica cheiroso por mais tempo, pode usar suas roupas mais chiques, é ótimo para comer, transar, malhar, ler, dormir ......enfim....o frio é a melhor coisa do mundo !!!!

E vamos ao post??? Se vocês achavam que sua parriguinha ou "capinha de catupiry" como alguns insistem em apelidá-la, era um charme, veja agora que ela é sua piro inimiga !!

9 motivos sérios para perder a barriga

Conheça razões, muito além da estética, para dar adeus à gordura que se instala no ventre e as medidas essenciais para eliminá-la de uma vez por todas.

O abdômen avantajado se tornou o símbolo do que muitos cientistas e profissionais de saúde acreditam ser um dos males mais proeminentes do século 21: a síndrome metabólica, uma conjugação de problemas que, além da dura barriga de chope, engloba o colesterol alto, a hipertensão e o diabete. A famosa pança, no entanto, é apenas a ponta do iceberg. A gordura que estufa o ventre e se esconde entre órgãos como fígado e intestino é capaz de fazer naufragar o organismo. Chamada de visceral, é como se ela se depositasse no lugar errado, diz a endocrinologista Maria Teresa Zanella, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Sob aqueles pneuzinhos que teimam em escapar da calça e que não são, atenção, formados de gordura visceral em si pode se esconder essa ameaça. Daí a associação entre as medidas e a gordureba entre as vísceras. Mas dá para enxugar a cintura e exterminar o perigo !!


1 - ELA CAUSA DIABETE !

Diferentemente de muita gente barriguda até os magros podem ser barrigudos, lembre-se disso , as células que estocam gordura na região abdominal não costumam ser sedentárias. São mais ativas do que se imagina. Nessa região, elas vivem fabricando substâncias que destrambelham algumas funções do organismo. Além disso, sua gordura tem a capacidade de migrar e fixar moradia em locais como o fígado. Ali, está por trás de alterações que deixam essa glândula confusa, deflagrando uma produção excessiva de glicose. Para suprir a necessidade de insulina, o hormônio que bota todo esse açúcar para dentro das células, entra em cena o pâncreas, que enlouquece na tentativa de atender à enorme demanda. Mas essa gordura estocada no ventre também promove a liberação de muitos ácidos graxos livres, explica o endocrinologista Marcos Tambascia, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. E eles, por sua vez, impedem a ação correta da insulina, completa. Daí, como a substância não consegue cumprir sua missão, sobra açúcar e abrem-se as portas ao diabete tipo 2.

2 - FAVORECE A HIPERTENSÃO

O corpo que exibe uma barriga saliente fica refém de um verdadeiro efeito dominó. Para dar cabo de tanta glicose correndo pelas veias conseqüência número 1 da cintura larga , o organismo intensifica cada vez mais a produção de insulina, até não dar mais conta do recado. A elevação dos níveis desse hormônio acarreta um aumento da atividade do sistema nervoso simpático, que ordena uma maior contração dos vasos sangüíneos, explica Maria Teresa. Sem contar que os rins passam a reabsorver mais sódio. O resultado desse combinado: a pressão vai às alturas.

3 - AUMENTA O RISCO DE INFARTO E DERRAME

As células gordurosas localizadas na barriga produzem substâncias inflamatórias relacionadas a doenças cardiovasculares, afirma o cardiologista Heno Lopes, do Instituto do Coração, em São Paulo. Nas pessoas com cintura farta, há geralmente gordura em demasia na circulação. Nesse cenário, predominam moléculas de LDL, o colesterol ruim. Elas podem se alojar na parede de um vaso, disparando um processo inflamatório. Em meio a essa reação, forma-se uma placa que fechará a assagem do sangue e essa é a origem dos infartos e derrames.


4 - INFLUENCIA O ALZHEIMER

A constatação é recente e, por isso, ainda não se sabe ao certo o mecanismo que conecta a gordura visceral à maior prevalência da doença que apaga a memória. Um estudo do Centro de Pesquisa Kaiser Permanente, nos Estados Unidos, sugere que indivíduos com barriga e outro fator envolvido na síndrome metabólica correm um risco três vezes maior de desenvolver Alzheimer. O vilão pode ser um mal que é pura conseqüência do excesso de banha no abdômen, o diabete. O aumento dos níveis de glicose danifica os neurônios, justifica o neurologista Cícero Galli Coimbra, da Unifesp.

5 - PREJUDICA O FÍGADO

A gordura que está debaixo da parede abdominal pode passear entre os órgãos e, num belo dia, fixar residência no fígado. Ela consegue se depositar dentro das células dessa glândula, os hepatócitos, conta a médica Edna Strauss, da Universidade de São Paulo. Quando mais de 10% delas estão obesas, por assim dizer, instala-se a esteatose hepática, caracterizada por inflamações que, com o tempo, provocam a morte dos tais hepatócitos e podem até mesmo levar o fígado à falência.



6 - CONTRIBUI PARA A DISFUNÇÃO ERÉTIL (Isso é o mais grave ! rs)

A notícia é de assustar qualquer homem, sobretudo os que têm mais de 40 anos e cultivam uma barriga saltada. A gordura visceral, associada a altos níveis de colesterol e triglicérides, patrocina a perda da ereção e do apetite sexual. Quem tem síndrome metabólica está mais sujeito às baixas de testosterona, alerta o médico Carlos Da Ros, da Sociedade Brasileira de Urologia. Não à toa. É que, nesse pessoal, os testículos passam a produzir uma menor quantidade do hormônio masculino, que é essencial à ereção.

Antes de afetar o desempenho do homem durante a relação sexual, a queda dos níveis de testosterona rouba a sua própria libido. A síntese do hormônio tende a cair com a idade, mas nunca cessa por completo. Dosagens mínimas, porém, achatadas pela gordura da barriga, podem esfriar o apetite sexual.

7 - ESTÁ LIGADA À DEPRESSÃO

E isso vai além da insatisfação com o próprio corpo. As alterações na pressão e nas taxas de açúcar que acompanham os barrigudos favorecem quadros depressivos. A bagunça armada no corpo e mesmo certas medidas para controlá-la interferem na atividade cerebral. Quando se mexem nos níveis de colesterol, pode-se prejudicar a síntese de neurotransmissores por trás da sensação de bem-estar, exemplifica Alexandrina Meleiro, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo. Ou seja, tudo colabora para a tristeza sem fim.

8 - PROVOCA DORES NAS COSTAS

Aquela gordura extra acima da cintura modifica o centro de gravidade corporal, obrigando a coluna a se contorcer para não perder o equilíbrio. Assim, surgem as dores constantes, inclusive musculares. Sem contar que a pança pesa e todo quilo a mais, não importa onde esteja, sobrecarrega as costas. Isso pode ser um fator de risco para a hérnia de disco, diz o ortopedista Arnaldo José Hernandez, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, em São Paulo.

9 - DETONA OS JOELHOS

A postura que o barrigudo quase que fatalmente adota para compensar o peso concentrado na barriga acaba com essas juntas. A pélvis, localizada na cintura, vive mal encaixada. Isso faz com que o joelho se desgaste ao trabalhar em dobro, descreve Arnaldo José Hernandez. Daí a predisposição para fraturas por estresse, que ocorrem quando realizamos movimentos errados com freqüência. De quebra, esse tipo de sobrecarga pode gerar uma inflamação nas articulações, a artrite, e desestabilizar uma peça fundamental para o joelho se mexer, o tendão que liga a patela, o seu osso, à tíbia, o osso da canela.

Agora, vamos falar de coisas boas????

9 caminhos para livrar-se dela

1.COMECE POR ESTA: RELAXE!

Para a médica Maria Teresa Zanella, da Unifesp, se existe um culpado pela epidemia de gordura visceral e de síndrome metabólica , é o estresse. Hoje as pessoas vivem com pressa e sob tensão. Por isso, são mais sedentárias e, ansiosas, comem fastfood, exemplifica. O estresse, aliás, é mais do que um inimigo do estilo de vida. Ele dispara mudanças hormonais que colaboram com a manutenção da barriga em si. A tensão faz subir os níveis do hormônio cortisol e propicia um aumento das taxas de glicose no sangue, explica a psiquiatra Alexandrina Meleiro, do HC paulistano. Por questões bioquímicas, isso leva o organismo a acumular mais e mais gordura bem... adivinhe onde! A ordem, portanto, é relaxar. Procure respeitar as oito horas de sono, as oito de trabalho e as oito de lazer (meu sonho ter tantas horas pra isso tudo !), aconselha Alexandrina. Para aplacar o estresse, aposte na meditação e desligue a mente da rotina por alguns minutos respirando lentamente e ouvindo uma música calma. Dedique um tempo do seu dia a algo que lhe dê prazer, dá a dica a psicóloga Marilda Lipp, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

2. APOSTE EM CERTOS NUTRIENTES

Cálcio, gorduras insaturadas e flavonóides: alimentos ricos nessas substâncias são indispensáveis ao cardápio de quem pretende murchar a cintura. O cálcio atua no controle glicêmico, diminuindo a resistência à insulina e facilitando a perda de gordura visceral, diz a nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. O ideal é ingerir fontes do mineral pelo menos três vezes ao dia. Ou seja, invista no leite desnatado e em seus derivados magros, além de verduras como brócolis. Outra medida essencial: escolha bem as gorduras da sua dieta. Diminua o consumo das saturadas que estão nas carnes e elimine para todo o sempre as trans, aquelas das frituras. Tente substituí-las pelas monoinsaturadas do azeite, que melhoram a ação da insulina, e pelo ômega-3 do salmão, que regula respostas inflamatórias juntos, eles ajudam a afinar o abdômen. Também vale maneirar nos carboidratos de rápida digestão, como doces e massas que inflam a barriga mais depressa. E não se esqueça dos flavonóides dos chás e das frutas vermelhas: eles fazem os adipócitos, a alcunha científica das células gordurosas, emagrecerem. E a barriga também.

3. CAPRICHE NAS FIBRAS

Elas promovem o aumento da saciedade. As fibras não elevam o pico de açúcar no sangue. Portanto, evitam a descarga de insulina na circulação, diminuindo a sensação de fome, explica a nutricionista Eliana Giuntini, do Laboratório de Bioquímica dos Alimentos da Universidade de São Paulo. Por passarem mais devagar por todo o sistema digestivo, essas substâncias retardam a vontade de comer e beneficiam o trânsito intestinal. São encontradas principalmente nas frutas, nos cereais integrais e em leguminosas como o feijão, diz Eliana.

4. PRESTE ATENÇÃO NA POSTURA

Quem está todo torto parece ser mais barrigudo. Manter os ombros abertos e a coluna sempre reta diminui essa impressão. Mais do que isso, porém, a postura correta, segundo certas correntes de especialistas, favorece a circulação e, conseqüentemente, a queima da gordura localizada. Quando estiver sentado de frente para o computador, apóie bem as costas na cadeira, deixe os pés no chão e os braços posicionados sobre os encostos laterais. Evite ficar mais de 45 minutos sem se levantar. Bastam dois minutos de pé para aliviar o peso sobre a coluna, assegura o fisioterapeuta Helder Montenegro, do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, em Fortaleza.

5. FIQUE DE OLHO NOS HORMÔNIOS

Realizar exames de rotina, sobretudo depois dos 40, é o modo mais eficaz de flagrar desequilíbrios hormonais que favorecem o acúmulo gorduroso no abdômen com o passar do tempo. Nas mulheres, a queda de estrogênio na menopausa desregula a distribuição da gordura, facilitando a formação da barriga, avisa o cardiologista Otavio Gebara, do HC de São Paulo. No caso dos homens, níveis muito baixos de testosterona estão associados tanto ao colesterol alto quanto ao umbigo protuberante. Por fim, se necessário, deve-se iniciar a reposição hormonal sob orientação médica.

A baixa de testosterona resulta em desânimo e fraqueza muscular. Quando indicada, a reposição reequilibra os hormônios, o que dá, inclusive, disposição para perder a barriga, diz o urologista Fernando Facio, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, no interior paulista.

6. FORTALEÇA CERTOS MÚSCULOS

Os abdominais, por si sós, não moldam o abdômen. Até porque não exigem um grande gasto energético. Ainda assim são parte imprescindível da receita antibarriga. Eles desenvolvem a musculatura da região e, daí, menos gordura se acumulará entre as vísceras. Isso mesmo. O músculo fortalecido requer energia mesmo em repouso e vai atrás das fontes mais próximas, ou seja, da própria gordura visceral, explica Francisco Navarro, do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício. Ou seja, primeiro você precisa conquistar barriga lisa graças a uma
atividade aeróbica. A partir disso, tem nos célebres abdominais a chave para mantêla em forma. E mais: com um abdômen definido, você melhora a postura. Aliás, para alcançar esse benefício específico, a mensagem é malhar para fortificar os ombros, as costas e o peito. Ao exercitálos, você também aumenta a queima de calorias do corpo em repouso. Aí ele não estocará tanta gordura por bobagem.

Invista nas flexões de braço, que desenvolvem o peitoral na hora de erguer o corpo e as costas durante a descida. Quanto aos abdominais, nunca deixe de lado os exercícios oblíquos, que tonificam a lateral da barriga. Isso faz tremenda diferença. Outra dica é levantar peso em pé, o que obriga o abdômen a se contrair.

7. FAÇA EXERCÍCIOS AERÓBICOS

Suar a camisa é preciso, seja na corrida, no ciclismo, seja na natação. Praticados regularmente, esses esportes oferecem um gasto calórico capaz de desinflar o ventre. Eles trabalham com muitos grupos musculares, diz a educadora física Camila Coelho, da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro. Daí, aceleram o metabolismo, intensificando a perda de peso. E, ao ganhar condicionamento, você pode adotar treinos mais intensos, que consomem mais energia em menos tempo.

8. TAMBÉM PRATIQUE IOGA, PILATES OU DANÇA

Essas são atividades complementares importantes porque trabalham a postura e os músculos.
O pilates exige muito do abdômen e, ao mesmo tempo, corrige a posição da coluna, diz a educadora física Aline Haas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Para quem prefere a dança, vale experimentar a do ventre, que afina bastante a cintura. Já a ioga, apesar de torrar menos calorias, acalma os ânimos algo fundamental para o sucesso da empreitada antibarriga.

9. FORÇA DE VONTADE

Apesar de ter ficado por último, ela é o primeiríssimo ingrediente de qualquer fórmula que pretenda dar cabo da barriga. Você deverá estar convicto da importância de perder essa gordura localizada para fazer os devidos ajustes na dieta, seguir uma rotina diversificada de exercícios, corrigir a postura e, para completar, manter a ansiedade de ver as medidas diminuírem sob controle. Está em suas mãos, enfim, conquistar uma barriga enxuta. Em uma palavra, saudável.

por DIOGO SPONCHIATO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Ninguém quer nada sério !!!

Primeiramente , gostaria de me desculpar por ter ficado tanto tempo sem postar, mas realmente eu não estava tendo tempo de colocar algo de conteúdo que realmente valesse a pena!! A rotina estava corrida e ainda está, mas mesmo demorando , hora ou outra eu dou um jeito de postar algo legal, portanto não desistam de visitar este blog ok???


Bom, procurando me atualizar sobre o que anda acontecendo, encontrei este texto "mara"!! Ele é a edição traduzida do que eu penso a respeito das queixas de muitos conhecidos e amigos sobre solidão e frustração amorosa!! Leiam e reflitam! Será que alguém de vocês também não faz o mesmo que nosso personagem aí do texto???

abraço a todos !


Ninguém quer nada sério !!!

Davi (nome fictício) é um paciente de quarenta e poucos anos, cuja principal queixa é a de não "conseguir um namorado". Passamos boa parte das nossas sessões conversando sobre suas tentativas, sempre frustradas, de conhecer e principalmente de estabelecer uma relação mais profunda com outro homem. Entre as várias explicações que Davi propõe para a sua dificuldade, uma me chama atenção em particular: a de que ninguém querer nada sério.

Para embasar seu argumento, Davi desfia uma série de histórias nas quais ele sempre se vê no papel de vitima de um "golpe" que, segundo ele, é a norma nos sites de relacionamento. Esse golpe consiste numa estratégia posta em prática pela grande maioria dos internautas gays para disfarçar sua verdadeira motivação, que é, na visão dele, a simples e pura aventura sexual, sem qualquer envolvimento afetivo. Nas situações relatadas por ele, embora a conversa inicial gire sempre em torno do desejo de se estabelecer uma relação séria, seu desenrolar acaba levando inevitavelmente à sexualização e à pergunta crucial "o que você curte na cama?". A resposta a essa questão poderá, ainda segundo ele, anular todas as outras afinidades que por ventura o "casal" venha a ter, definindo assim o futuro da relação. E nos poucos casos que o encontro de fato se dá, é de novo a compatibilidade sexual que será o fator determinante. Na sua experiência, raramente há um segundo encontro, o que confirma sua tese de que a despeito da intenção declarada, o que eles querem mesmo é só sexo.

À medida que vamos aprofundando o tema, percebo que Davi, embora tenha mesmo razão em se queixar (afinal todos nós sabemos como o jogo do amor pode ser complexo e complicado), ele não é realmente a vítima que acredita ser. Na verdade, ao analisarmos com o devido cuidado a dinâmica na qual ele recorrentemente se envolve, descobrimos um lado para ele desconhecido e muito ameaçador de sua psicologia. O fato é que, na ânsia de encontrar o homem dos seus sonhos, Davi utiliza, ainda que inconscientemente, exatamente os mesmos recursos que mais tarde irá rejeitar no outro. Ou seja, a sexualidade. Da escolha do "nick", as fotos com as quais se apresenta e as decisões que toma em nome do projeto de encontrar o namorado, tudo é cuidadosamente planejado para atrair e seduzir sexualmente o candidato. Embora o discurso seja o do namoro sério e do romance, sua atitude é implicitamente sexual, o que acaba por definir, ainda que de forma inconsciente, um campo psicológico também marcadamente sexual.

Penso que Davi, assim como muitos outros homossexuais, está na verdade inconscientemente aprisionado a uma visão muito redutiva (e negativa) da homossexualidade. De acordo com essa visão, a homossexualidade por ser a expressão de uma sexualidade instintiva e, portanto, desprovida de um sentido mais profundo, normalmente atribuído à heterossexualidade, limita-se à satisfação do desejo e do impulso sexual. Como resultante dessa perspectiva psicológica, claramente ancorada na homofobia internalizada, se estabelece uma hiper valorização da função sexual em detrimento de outros aspectos da energia erótica. Ao aprendermos desde muito cedo que o verdadeiro amor só se dá numa relação entre um homem e uma mulher, aprendemos também a separar o afeto e a intimidade amorosa da atividade sexual. Cindimos nosso Eros e o deslocamos para um sexo quase sempre desprovido de alma. Buscamos na atuação sexual (muitas vezes compulsivamente) uma forma de conexão que só a intimidade amorosa pode nos dar. É a homofobia moldando a matriz de nossos relacionamentos.

Ainda que Davi reafirme seu desejo por uma relação de intimidade amorosa com outro homem, na prática ele não sabe como buscar ou sustentar essa intimidade. Ao lançar mão da sexualidade como o mais importante atributo no processo de atração e de sedução (como aprendeu no passado e reaprende todos os dias no convívio com outros gays) e se submeter às regras do "meio", sem ao menos se dar conta disso, estabelece um padrão de resposta bastante previsível e altamente frustrante. Para se livrar dessa armadilha ele terá que deixar de culpar o Outro (e o "meio") por seu fracasso, rever sua atitude e alterar sua forma de lidar com as questões do amor. Aí talvez ele possa encontrar alguém que de fato queira algo sério.

Texto de Klecius Borges


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Historinha para reflexão !!!

Slide 1

Um senador está andando tranqüilamente, quando é atropelado e morre.

Slide 2 A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.


-"Bem-vindo ao Paraíso!"; diz São Pedro

-"Antes que você entre, há um probleminha. Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.

Slide 3
-"Não vejo problema, é só me deixar entrar", diz o antigo senador.

-"Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte:
Você passa um dia no Paraíso e um dia no Inferno. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.


"Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso!", diz o Senador.

-"Desculpe, mas temos as nossas regras. "

Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.

Slide 5
Slide 6

A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe.

Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.

Todos muito felizes em traje social.

Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.

Slide 7 Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.

Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas.

Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.

Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.
Slide 8 Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele.

Agora é a vez de visitar o Paraíso.


Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.

Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.
Slide 10
-" E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso.

Agora escolha a sua casa eterna." Ele pensa um minuto e responde:

-"Olha, eu nunca pensei .. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno."

Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.


A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo.

Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos.

O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.
Slide 12
-" Não estou entendendo", - gagueja o senador - "Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!"

O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:
Slide 13 -"Ontem estávamos em campanha.
Agora, já conseguimos o seu voto..."

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O corpo gay

Poucas vezes nos damos conta de que todo o debate sobre diversidade sexual gira em torno do corpo. Afinal, tanto a idéia de "orientação sexual" quanto a de "identidade de gênero" tratam da relação que estabelecemos com nosso corpo ou com o corpo do outro. Assim, as questões de identidade, preconceito e direitos sexuais são questões do corpo.
Mas, se todos nós "temos" um, por que se criam tantos conflitos sobre o uso que cada pessoa faz do seu? O corpo tem sua história e pesquisá-la ajuda a compreender muitos dilemas e impasses contemporâneos.


O "corpo" é sempre o mesmo?

O corpo já foi alvo de proibições das religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo, islamismo), instrumento para purificação em certas tradições orientais, objeto de reflexões de filósofos e outros pensadores desde a Antigüidade. Nas artes, a pintura egípcia estabelecia o "princípio da frontalidade", pelo qual as partes mais importantes do corpo seriam aquelas que deveriam aparecer em destaque. Por isso as figuras egípcias, para nossos olhos modernos e ocidentais, têm uma aparência estranha, com o tronco retratado de frente e a cabeça de perfil.

Porém, em nenhum outro momento ou cultura da história o corpo ganhou tanta centralidade como nos últimos dois séculos. Do surgimento da ciência moderna, que analisou até o nível microscópico a anatomia e a fisiologia humanas, ao desenvolvimento de tendências artísticas de vanguarda, o corpo foi submetido a olhares, questionamentos, escrutínios diversos. Tornou-se objeto de investigação, debate, novas leis.

No século XX foi modificada até mesmo o estatuto do corpo na vida cotidiana. Na moda, Coco Channel libertou a mulher dos espartilhos e iniciou uma exibição progressiva das pernas que irá culminar na criação da mini-saia por Mary Quant. No cinema, a imagem do corpo na tela grande fez com que ele fosse notado em detalhes.
Nas revistas femininas, o corpo foi domesticado de maneira diferente a cada década. Para as mulheres, com o surgimento da revista Cosmopolitan em 1968 nos Estados Unidos, foi divulgado como fonte de prazer. Sua versão brasileira, a revista Nova, trazia em seu primeiro número, em 1973, dicas para se conseguir um orgasmo múltiplo! Pense bem: se antes, nas revistas femininas, as mulheres eram assexuadas (o modelo era a dona de casa classe média), agora a mulher não só fazia sexo, mas tinha orgasmo. E múltiplos!
Também foi no século XX que Eugen Sandow criou o "fisiculturismo", técnica de hipertrofia muscular que iria se espalhar como ideal de beleza masculina nas academias de ginástica e parodiada, décadas mais tarde, nas artes plásticas por Richard Hamilton, no quadro Just what is it that makes today's home so different, so appealing?, de 1956, no qual um corpo musculoso, provavelmente desenvolvido em academias, ocupa o centro da tela, ao lado de outros objetos que denotam a prosperidade norte-americana, como eletrodomésticos e comida enlatada.
A entrada do corpo no espaço público está associada também, segundo o socióloog inglês Anthony Giddens, à expressão de uma "sexualidade descentralizada, liberta das necessidades de reprodução". Para o historiador francês Jean-Jacques Courtine, "ao longo dos primeiros vinte anos deste século [o texto é de 1995] as exibições das anatomias mais ou menos reveladas vão se tornar mais freqüentes. A exposição pública dos corpos adquire pouco a pouco uma respeitabilidade que até então lhe havia sido recusada. Sensibilidades transformadas no corpo, para seu espetáculo e seus usos, aparecem com a ascensão de novas classes médias. Estas já não se reconhecem nos valores morais de uma burguesia tradicional, cuja influência está em declínio. Elas aspiram menos à ordem do que ao sucesso. Fazem do enriquecimento material, e também do acesso rápido à satisfação dos desejos individuais, os critérios do êxito".
Nas artes cênicas também há câmbios profundos em relação ao corpo nas últimas décadas. Rudolf Laban sistematizou o que ele chama de "linguagem do movimento" e criou o teatro-dança ( Companhia Quasar?? Cirqui d'soleil ?). A eutonia de Gerda Alexander surgiu como técnica terapêutica de recuperação de movimentos, mas passou a ser utilizada por bailarinos e atores como instrumento de criação. Isadora Duncan e Loie Fuller, bailarinas que não tinham formação clássica, inventaram novas formas de dançar, abrindo caminho para outros inovadores como Michel Fokine, Nijinski, Mercê Cunningham e Maurice Béjart, todos eles desenvolvendo novas estratégias comunicativas para o corpo em cena.
Essas mudanças, aliadas ao advento de novas tecnologias e a expansão dos meios de comunicação de massa, por sua vez, influenciaram a codificação do corpo – movimento intensificado com a globalização, que exige códigos não-verbais para a internacionalização das mensagens. Configura-se, dessa forma, a era da imagem, com os corpos tendo de enquadrar, de alguma forma, em esquemas pré-concebidos.
Segundo Michel Foucault, o discurso sobre a sexualidade revela que não há liberdade, até mesmo porque há uma ciência dos corpos a ditar os padrões. O discurso médico, por sua vez, impõe um escrutínio do corpo e o discurso psiquiátrico aprisiona os que se enquadram na categoria da não-razão. Mais ainda, os corpos são também sujeitos a olhares. Na modernidade, há um processo de racionalização crescente, alicerçado no discurso da ciência; um processo de vigilância, onde os corpos são obrigados a se conduzirem em função do que é estabelecido como normal sob pena de exclusão para os desviantes.

A fabricação do corpo gay

Essa revolução "corporal" deve muito aos movimentos de emancipação homossexual. Ou, por outro lado, mas igualmente válido, é possível falar de uma ação concomitante que levou, de um lado, a um novo estatuto do corpo na modernidade e, de outro, à reivindicação de direitos sexuais pelos LGBT.
Para a historiadora francesa Anne-Marie Sohn, na virada do século XIX para o XX, o corpo homossexual tornou-se objeto médico. "É pelo final do século XIX que nasce na Alemanha e na Inglaterra, nos meios médicos e psiquiátricos, a primeira ciência sexual, com a publicação, em 1886, da Psychopathia sexualis de Richard Von Kraft-Ebing, os Estudos de psicologia sexual de Havelock Ellis e os trabalhos de Magnus Hirschfeld (que escreveu Os homossexuais de Berlim – O terceiro sexo). Fundamentadas em estudos de caso, ela tenta uma tipologia 'científica' dos comportamentos e das perversões, que já não toma como base o pecado, mas critérios de normalidade e de anormalidade. O sodomita, fustigado pela Bíblia, transforma-se desse modo em um "doente" ( ??? ).
Por isso, o "tratamento" da homossexulidade na primeira metade do século XX visava sua "cura" e, para tanto, desenvolveu-se uma série de protocolos médicos que tratavam de intervenções no corpo. Inicia-se uma era de gestão do corpo sexuado que inclui o tratamento hormonal e até intervenções cirúrgicas. A transexualidade, então tida como uma forma de homossexualidade, era um distúrbio extremo que desafiava a psiquiatria, a endocrinologia e a genética. Em 1921, o médico Félix Abrahan realiza a primeira operação de transgenitalização, transformando o paciente "Rodolfo" em "Dora" por meio de uma penectomia seguida da construção de uma pseudovagina.
Em meados do século, o relatório Kinsey já havia mostrado que a homossexualidade nada tinha de anormal. Segundo Sohn, "Ele (Kinsey) propõe uma visão radicalmente nova da homossexualidade, uma experiência corriqueira, segundo ele, porém mais ou menos intensa e classificada por uma escala que vai de 0 a 6. Sublinha assim que 37% dos homens tiveram pelo menos uma vez uma experiência homossexual; 4% não tendo tido senão relações sexuais só com uma pessoa do mesmo sexo. A maioria das pessoas navega, deste modo, entre heterossexualidade e homossexualidade, o que proíbe qualquer explicação pela patologia ou pelo desvio".
O fim da homossexualidade como doença, como é conhecido, só ocorre na década de 80. A transexualidade, por sua vez, ainda é uma "disforia de gênero", status que tem seus defensores até mesmo no movimento LGBT.


Os anos gloriosos
Da liberação dos anos 60 até o surgimento da aids, viveu-se um período de relativa liberdade sexual. Ainda que se possa identificar novas formas de dominação exercida sobre os corpos obrigados a serem libidinosos, é inegável que, pela primeira vez, o sexo era um tabu menor. Segundo Sohn, "nesse ínterim, o mundo viveu, entre a pílula e a aids, o direito ao prazer associado à liberdade. Esses trinta anos gloriosos da sexualidade, entretanto, são o fruto de um longo processo de liberação, esboçado desde o fim do século XIX, mas reivindicado somente nos anos 1960".
Trata-se, portanto, de uma era na qual foram estabelecidas novas formas de se lidar com o corpo, agora dissociado da reprodução. Ainda seguindo as reflexões de Sohn: "O século XX permitiu que a sexualidade não ficasse mais confinada no campo estritamente controlado do casamento. Essa mutação permaneceu na clandestinidade durante muito tempo. Por isso, na seqüência de 1968, alguns militantes homossexuais, simpatizantes da Frente Homossexual de Ação Revolucionária (na França), proclamam: 'Gozemos sem barreiras!', essa reivindicação parece uma ruptura, ao passo que consagra somente um estado de fato".
É assim que o filósofo gay Guy francês pode declarar, nos anos 1970, que "o buraco do meu cu é revolucionário", afirmação esta que coloca em xeque os padrões de masculinidade e, por meio do corpo, questiona séculos de dominação masculina e machismo heterocentrista. Afirma, ainda, que as reivindicações de "sexualidade para todos" convertia-se, sem volta, em reconhecimento de "todas as sexualidades". Inicia-se uma era de identidade gay calcada em códigos corporais que sequer a aids foi capaz de ofuscar.


Corporalidades gays contemporâneas

A visibilidade obtida pelos homossexuais nas últimas três décadas gerou novas formas de codificação do corpo e, infelizmente, de estigmatização e preconceito entre os próprios gays. Assim, o corpo malhado das barbies esconde muitas vezes o machismo interiorizado que desqualifica uma suposta fragilidade feminina. E também gera o desprezo por aqueles que não se adéquam a esse padrão.
Por outro lado, a investida ursina contra esses padrões pode revelar-se igualmente centrada na supervalorização da virilidade, ainda que contrária ao "macho de academia". Em ambos os casos, há uma evidente corpolatria, calcada na codificação de atributos corporais. A eles são atribuídos signficados e valores que interferem nas formas que o desejo se manifesta.
Essa codificação, porém, não é atributo somente das barbies e dos ursos. Está presente em muitas formas de manifestação da sexualidade, que precisa dos signos certos para poder se expressar. O psicanalista Jacques Lacan chamou de "significante da transferência" aos traços que fazem com que a pulsão sexual siga seu rumo. Pode ser a barriga de tanquinho ou o pêlo no peito, mas também a voz aguda do afeminados, a ausência de pêlos e marcas de expressão nos que preferem os mais jovens, os cabelos brancos de quem gosta de coroas. Ou até mesmo o porte de certos objetos de fetiche: a farda, a roupa de couro do SM ou a calcinha do cross-dresser.
Existe, porém, uma estética gay dominante, veiculada nas revistas e sites especializados. Voltando às reflexões de Sohn, "o corpo masculino sofre cada vez mais a influência das imagens sugeridas pelos gays. O homossexual viril, esportivo e musculoso, importado da Califórnia nos anos 1990, contaminou a moda e a publicidade. (...) Os gays também liberaram a componente feminina da masculinidade e a componente masculina da feminilidade, desestabilizando ao mesmo tempo as divisões clássicas de gêneros".
É um novo tempo, de mudanças ainda em transformação. Se prevalece a repressão ou se é uma onda libertária, talvez seja cedo para dizer. Mas na centralidade do corpo moderno, os gays já deixaram suas marcas.
Por Ferdinando Martins

Minha Observação: Viris, esportivos e musculosos? que herança boa que veio da Califórnia hein?? Não vejo mal nenhum em querer manter um corpo legal, até mesmo por que isso significa saúde, e mesmo que a pessoa esteja buscando se enquadrar num padrão, ela está inconscientemente buscando o bem para o corpo! É uma pena, que muitas vezes esse "bem ao corpo" não faça bem à alma, pois é muito triste ser precionado a algo, só para se enquadrar num grupo ou ser aceito ! Então, concordo que cada um deve ser feliz da sua forma, mas sem incriminar aqueles que adoram o belo e o saudável, até por que o belo o é aos olhos de quem vê ! E viva as diferenças !!

E deixo vocês com dois Sets tudo de bom, do meu amigo, Dj Leah, residente da Boate Disel Gyn !
abraço

INFINITA - Dj Leanh Special SET: http://www.zshare.net/audio/168888285ee495ae/


POP SET - AGOSTO 2008: http://www.zshare.net/audio/16932461fe411028/